Primeiros anúncios de Trump e adiamento das tarifas para China: o que move o mercado

Investidores globais repercutem nesta terça-feira, 21, as primeiras medidas de Donald Trump, que assumiu a presidência dos Estados Unidos na segunda-feira, 20.

A estreia de seu segundo mandato fez o dólar ganhar força frente aos pares internacionais. Entretanto, por aqui, o dia de menor liquidez com as bolsas americanas fechadas e a intervenção do Banco Central (BC) fizeram a moeda ceder.

Na volta do feriado de Martin Luther King, os índices futuros de Nova York sobem, enquanto a curva de juros futuros recua, o que pode ajudar a bolsa brasileira a se manter no azul na sessão de hoje.

Primeiros movimentos de Trump

O republicano já anunciou uma série de movimentos, como a saída dos EUA do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o desejo de tomar o Canal do Panamá de volta, a ideia de declarar emergência nacional na fronteira americana com o México e a estratégia de aumentar a produção de combustíveis nos EUA ajudará a baixar a inflação.

Entretanto, para o mundo dos investimentos, o foco está nas tarifas. Trump afirmou que pretende aplicar uma tarifa de 25% sobre as importações do Canadá e México já no dia 1º de fevereiro, alegando que esses países estão permitindo o aumento no fluxo de imigrantes não documentados e drogas para os EUA.

Em relação à China, o presidente adiou a imposição de tarifas específicas contra o país no primeiro dia de mandato, optando por direcionar sua administração a abordar práticas comerciais desleais globalmente. A decisão, divulgada em um documento interno ainda não público segundo a Bloomberg, busca reverter o que Trump chamou de “impacto destrutivo da política globalista de comércio”.

O movimento gerou um certo alívio nos mercados, já que todos esperavam que o republicano fosse mais enfático na questão das tarifas contra a China em seu primeiro discurso. Apesar disso, durante a noite no Capital One Arena, em encontro com uma multidão de apoiadores, ele disse: “Vamos encher os bolsos e vamos ficar ricos com as tarifas [de importação]” e que “só há duas palavras mais bonitas que tarifa: Deus e amor”.

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