Retorno de Trump à Casa Branca traz incertezas para o Brasil e o governo Lula

A posse de Donald Trump, marcada para janeiro de 2025, promete mudanças profundas na política econômica e social dos Estados Unidos, com impacto global, incluindo o Brasil. Entre as medidas anunciadas pelo republicano estão o aumento de tarifas sobre produtos de países como Brasil e Índia, intensificando sua guerra comercial com a China, e possíveis ataques ao Acordo de Paris, o que poderia enfraquecer a COP30, sediada em Belém (PA), no principal evento internacional do governo Lula neste ano.

Trump retorna com uma agenda protecionista e um discurso crítico a Lula, a quem não convidou para sua posse. Durante a campanha, o republicano prometeu aumentar a pressão sobre países com tarifas consideradas desvantajosas aos EUA. Essa política pode atingir a balança comercial brasileira, que depende de exportações estratégicas para o mercado norte-americano.

Além disso, a escolha de Marco Rubio como secretário de Estado e de Elon Musk para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental reforça tensões entre os governos. Ambos mantêm posições críticas a Lula e ao Judiciário brasileiro, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. Musk, que travou embates com o governo em 2024, é visto como uma figura polêmica para as relações bilaterais.

Com uma possível saída dos EUA do Acordo de Paris, a liderança de Lula em questões climáticas pode ser minada, afetando sua capacidade de articular um protagonismo internacional na COP30. O cenário também acentua a polarização entre os dois líderes, evidenciada pelas críticas mútuas durante as campanhas. O retorno de Trump levanta dúvidas sobre o futuro da relação entre Brasil e EUA e traz desafios para a política externa e econômica do governo Lula.

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Polêmicas e acusações 

O secretário de Estado de Trump será Marco Rubio, senador da Flórida. Ele já criticou Lula e disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cometeu “abusos” em suas decisões contra a Starlink e o X em carta enviada a Antony Blinken. 

Elon Musk, por sua vez, chefiará o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. O bilionário travou um embate com Moraes no ano passado que levou o X a ficar fora do ar no Brasil. Além disso, ele foi xingado pela primeira-dama Janja e tem uma relação de conflito com o Judiciário e com o governo brasileiro.

Lula também declarou torcer por Kamala Harris, que concorreu à presidência com Trump, e sugeriu que uma vitória do republicano seria o “fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara”.

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