Lula diz esperar ‘gestão profícua’ de Trump e que Brasil quer paz

MP é assinada por Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que nesta quarta-feira (15) já havia anunciado a medida durante o anúncio de recuo da fiscalização de transações do Pix que somassem R$ 5 mil por mês.

MP é assinada por Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que nesta quarta-feira (15) já havia anunciado a medida durante o anúncio de recuo da fiscalização de transações do Pix que somassem R$ 5 mil por mês.

Ao abrir a reunião ministerial nesta segunda-feira (20), dia da posse do novo presidente dos Estados UnidosDonald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que espera uma “gestão profícua” do republicano e que não quer briga com os EUA, a Venezuela ou nenhum outro país.

“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser o parceiro histórico que são do Brasil”, disse Lula.

Com posições divergentes em temas centrais — como meio ambiente, energia, multilateralismo e comércio internacional, entre outros — e com uma relação muito próxima com a China, vista como principal opositora dos EUA no cenário internacional, a expectativa do governo brasileiro é de uma relação formal e pragmática com o novo governo norte-americano, mas distante.

“Da nossa parte não queremos briga, nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Nós queremos paz, nós queremos harmonia, nós queremos ter uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante e não a desavença, não a encrenca. Esse é o país que vamos construir, esse é o país que assumimos o compromisso de construir, esse é o país que temos a obrigação de entregar”, defendeu Lula.

Durante a campanha eleitoral para Presidência nos Estados Unidos, Lula demonstrou abertamente preferência pelo democrata Joe Biden e depois, por sua vice, Kamala Harris, que assumiu a candidatura, mas cumprimentou Trump pela eleição logo que os resultados foram anunciados.

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Diplomatas brasileiros prevêem uma relação que vai manter as negociações de aspectos estratégicos para os dois países, mas sem avanços relevantes. Já no multilateralismo de fóruns como o G20, onde o Brasil costuma ser ativo, espera-se mais um não engajamento do governo do republicano.

A maior dificuldade nas relações podem surgir se Trump levar a cabo a ameaça de impor tarifas de importação e direcionar alguma delas ao Brasil, como fez com o aço brasileiro em seu primeiro mandato. À época, apesar do aparente bom relacionamento entre o norte-americano e o então presidente Jair Bolsonaro, a sobretaxa se manteve em vigor até o final do mandato de Trump.

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