Acusado de estuprar mulher com síndrome de Down durante confraternização é preso no Acre


Crime ocorreu em 2023 em uma festa de família em Cruzeiro do Sul e acusado estava com tornozeleira eletrônica. Homem, que era considerado amigo da família, também fotografou as partes íntimas da mulher. Acusado foi preso nessa sexta-feira (17) em Cruzeiro do Sul, interior do Acre
Arquivo/Polícia Civil do Acre
Um homem de 31 anos foi preso pela Polícia Civil em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, acusado de estuprar e ainda fotografar as partes íntimas de uma mulher com síndrome de Down durante confraternização na casa da família da vítima. Pelo crime, o acusado pegou mais de oito anos de prisão em julho do ano passado. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele e a idade da mulher não foi revelada.
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A prisão ocorreu na sexta-feira (17) em Cruzeiro do Sul. O crime, no entanto, foi praticado em 2023 e flagrado pela irmã da vítima que fez a denúncia. Na época, ele chegou a ser preso, mas depois foi solto e aguardava o julgamento em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica.
Conforme o processo que o g1 teve acesso, na época do crime o acusado estava na residência da vítima com amigos e familiares consumindo bebidas alcoólicas. Em dado momento, a irmã percebeu ela entrando sozinha na cozinha e a seguiu.
A mulher então entrou no quarto e encontrou o acusado abusando sexualmente da irmã. Ainda segundo o depoimento, o criminoso tentou disfarçar fingindo mexer no celular. A moradora pediu para o acusado sair e perguntou à irmã o que tinha ocorrido.
“Baixou a roupa da vítima e perguntou para ela o que era que ele tinha feito; que ela disse que ele tinha tirado fotos das partes íntimas dela […]”, aponta o depoimento. A vítima também confirmou que o rapaz colocou o dedo nas partes íntimas dela.
Amigo da família
O acusado foi questionado pelos familiares da vítima e negou o crime. O celular dele foi tomado por um dos parentes que acessou a galeria de fotos. “Eram umas cinco fotos que ele tirou dela; que ligou então para polícia e ficou com o celular dele e ele foi embora”, destaca o processo.
Os familiares ressaltaram que o acusado era muito próximo de todos, que era uma pessoa ‘praticamente da família’ e de confiança.
“O acusado era amigo, consideravam ele como se fosse da família; tinha muita confiança nele; nas comemorações de Natal, Ano Novo, aniversário, sempre era convidado; a [nome da vítima] gostava muito dele; naquele dia fizeram um churrasco, estavam comemorando e assistindo a um jogo do Flamengo”, afirma a irmã da vítima no depoimento
Condenação
O acusado foi condenado a 8 anos, 6 meses e 10 dias-multa pelo crime em julho do ano passado. Na sentença, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul, o juiz Marcos Rafael Maciel de Souza destaca que ‘em razão de sua condição de pessoa com Síndrome de Down, [a vítima] tem dificuldade de compreensão e comunicação e, embora se trate de uma limitação cognitiva parcial, ao ver deste juízo, não tem o necessário discernimento para prática de ato sexual’.
No depoimento, o acusado confessou que tirou as fotos da vítima, mas negou que tenha tocado em suas partes íntimas.
“Estava na cozinha na parte interna da casa quando chegou a [nome da vítima]; tudo foi na cozinha, muito rápido e não deu tempo para ter ido para o quarto; a irmã da vítima pegou no celular e viu as fotos, nada a mais que isso”, alegou.
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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