Dólar sobe a R$ 6,06 com Haddad e Trump, mas encerra semana em queda

dolar

O dólar à vista engatou a segunda alta consecutiva com expectativa da posse de Trump nos EUA e falas de Haddad (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) engatou uma nova alta nesta sexta-feira (17) com expectativas para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos na próxima segunda-feira (20). O saldo da semana, porém, foi negativo.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,0656 (+0,20%). Na semana, o dólar caiu 0,60%.

O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registou alta de 0,40%, aos 109,354 pontos.

  • VEJA MAIS: Evento ‘Onde Investir em 2025’, em parceria com o Money Times, reúne os grandes nomes do mercado financeiro com recomendações de como buscar ganhar dinheiro neste ano – assista aqui

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar ganhou força pela segunda sessão consecutiva com os investidores repercutindo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além da expectativa da de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos .

O chefe da pasta econômica afirmou que é preciso criar as condições necessárias para que os juros no país não fiquem em um patamar elevado por muito tempo, e a atual trajetória de alta da dívida pública preocupa o governo.

Haddad ainda disse não acreditar que a atuação do Banco Central no combate à inflação perdeu potência sob impacto do quadro fiscal e espera que o efeito da política de juros será muito maior do que as pessoas imaginam, em entrevista à CNN Brasil durante a tarde desta sexta-feira (17).

Para o ministro, a política monetária terá efeito, enquanto a política fiscal “tem que ser mais perseverante”. “Não acredito em dominância fiscal neste momento, eu acredito que a política monetária vai fazer efeito sobre a inflação”, afirmou.

Ele também afirmou que o dólar em um nível acima de R$5,70 é “caro” para os fundamentos do Brasil. “Se eu dissesse que hoje eu compraria o dólar a 6 reais? Não, eu não compraria acima de 5,70 reais”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. “Na minha opinião, qualquer coisa acima de 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira hoje.”

No exterior, os investidores seguiram calibrando as posições à espera da posse de Trump nos EUA. O republicano assume a presidência da maior economia do mundo na próxima segunda-feira (20).

Entre as principais medidas, Trump deve colocar em prática as medidas mais protecionistas, como a imposição de tarifas para produtos de vários países — e o Brasil está entre os alvos do republicano.  Tais políticas devem fortalecer o dólar em todo o mundo e pressionar, em maior grau, as moedas emergentes como o real.

++ Notícias

  • B3 encerra recompra de ações de 2024 e anuncia novo programa para 2025

  • JiveMauá encerra primeira emissão de cotas do seu novo fundo logístico; Ifix tropeça mais um dia e já cai 2,11% no mês

  • Ibovespa (IBOV) tenta sustentar os 121 mil pontos, com Haddad e Trump no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (17)

  • Dólar ganha força com expectativas sobre o governo Trump e fecha a R$ 6,05

  • Em carta a Haddad, Galípolo cita dólar, alimentos e quadro fiscal ao explicar inflação fora da meta

O post Dólar sobe a R$ 6,06 com Haddad e Trump, mas encerra semana em queda apareceu primeiro em Market Insider.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.