Nvidia usa IA e gêmeos digitais para impulsionar parques eólicos offshore no Brasil

A Nvidia, bigtech de chips de inteligência artificial, está liderando um projeto de tecnologia no Brasil voltado para a gestão e operação de parques eólicos offshore.

Em parceria com a Pix Force, Tidewise e o CPQD, a plataforma “Omniverse” utiliza gêmeos digitais e IA para aprimorar a eficiência, segurança e sustentabilidade na geração de energia renovável em áreas marítimas.

Na prática, funciona como um “laboratório virtual” onde toda a operação do parque em alto mar pode ser simulado em tempo real, testado e monitorado. A partir da coleta de dados no ambiente físico das turbinas, é a IA que ajuda a tomar decisões mais rápidas e seguras e as transforma em modelos virtuais –conhecidos como gêmeos digitais.

Uma das inovações é a embarcação autônoma W Tupan, equipada com sensores e drones para coleta destes dados de campo. Todas as informações são integradas à Omniverse, que as transforma em simulações detalhadas e modelos 3D, viabilizando o monitoramento e a manutenção preditiva dos parques eólicos.

Segundo a Nvidia, a tecnologia oferece maior precisão, reduz custos e otimiza o uso de recursos em ambientes em alto mar, onde as condições climáticas são desafiadoras e se depende da força do vento para gerar a energia limpa. 

Omniverse e IA

O Omniverse opera localmente nos servidores da Pix Force, em Porto Alegre, com suporte de “GPUs Nvidia L40S”, que processam grandes volumes de dados e simulações de alta performance. A iniciativa faz parte do programa “Inception” da companhia, que fornece suporte técnico e benefícios financeiros para startups.

Marcio Aguiar, diretor da Nvidia Enterprise para América Latina, destacou em nota o impacto da solução e o compromisso da empresa em aplicar sua tecnologia para transformar o setor de energia renovável, trazendo ganhos significativos em segurança, eficiência e competitividade.

“Com o Omniverse, possibilitamos simulações em tempo real, oferecendo uma base sólida através de redes neurais informadas pela física, e gestão avançada dos parques eólicos offshore”, disse. 

Desafios e oportunidades para o Brasil

Daniel Moura, CEO da Pix Force, complementou que o Brasil enfrenta um gargalo na aprovação de licenças ambientais para parques eólicos offshore, com mais de 100 projetos aguardando liberação. Segundo ele, o uso da tecnologia pode acelerar estas etapas críticas de viabilidade e licenciamento, colocando o Brasil em posição de liderança global no setor. 

Rafael Coelho, CEO da Tidewise, também reforçou a importância da inovação em análises marítimas. “Queremos acelerar a transição para uma indústria marítima mais segura e sustentável, revolucionando este nicho e mostrando ao Brasil que uma empresa nacional pode ser referência internacional”, acrescentou. 

Inicialmente validada em parques eólicos onshore (ou seja, em localizações em terra), a solução passa a ser ampliada para projetos offshore e outras áreas de atuação das empresas envolvidas.

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