“Ele [Lula] é o nosso Pelé e estará em campo”, afirma Padilha sobre candidato do PT em 2026

“Lula é o candidato. O presidente chegará em 2026 com muita vontade de defender o que está fazendo em termos de crescimento econômico, redução da desigualdade e reposicionamento do Brasil no mundo. Basta ver o papel que ele desempenhou para garantir a democracia e derrotar os golpistas”, disse o ministro Alexandre Padilha à Revista Veja nesta sexta-feira, 17. O ministro de Relações Institucionais foi questionado se o PT considera a possibilidade de este mandato atual ser o último do presidente Lula.

Alexandre Padilha, concedeu uma entrevista detalhada, abordando desafios na articulação política do governo Lula, críticas ao ajuste fiscal e as prioridades para o segundo tempo do terceiro mandato do presidente. Padilha destacou a aprovação de uma extensa agenda econômica e social, além de reafirmar que Lula é o candidato natural do PT para 2026.

Articulação política sob críticas

Padilha reconheceu as críticas à articulação política, mas enfatizou que o governo obteve avanços significativos, como a aprovação da reforma tributária e outros projetos prioritários. Ele atribuiu o sucesso ao diálogo com o Congresso e rejeitou a ideia de que a liberação de emendas parlamentares tenha sido o único fator determinante. “O governo construiu um verdadeiro programa de reabilitação das relações institucionais após o período tóxico do governo Bolsonaro”, afirmou.

Reformas e compromissos fiscais

Questionado sobre a dubiedade do governo em relação ao ajuste fiscal, Padilha garantiu que Lula tem um compromisso firme com a responsabilidade fiscal, apesar de críticas do mercado. O ministro usou uma analogia médica para descrever a economia: “Houve uma crise de ansiedade, mas o coração da economia permanece saudável”. Ele ressaltou dados como o crescimento acima do previsto e a queda no desemprego como sinais positivos.

Eleição de 2026: Lula no comando

Padilha foi enfático ao descartar a possibilidade de Lula não disputar a reeleição: “Ele é o nosso Pelé e estará em campo, não ficará no banco de reservas”. Para o ministro, o foco do PT deve ser em consolidar o legado do presidente e se conectar às mudanças sociais e culturais da população brasileira.

Prioridades do segundo tempo

Entre as metas do governo estão a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 e a compensação pelos mais ricos, além do debate sobre a PEC da Segurança Pública. No cenário internacional, Padilha destacou que o Brasil busca reduzir a dependência econômica dos EUA, fortalecendo parcerias globais.

Bolsonaro e o 8 de Janeiro

Padilha criticou a postura de Jair Bolsonaro e descartou qualquer possibilidade de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. “Ele foi o mentor intelectual do ataque à democracia. Não há espaço para defender anistia para esses criminosos”, concluiu.

A entrevista reforça o posicionamento de Padilha como peça central na articulação política e na defesa das ações do governo Lula, mesmo diante de pressões e desafios internos.

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