Netanyahu acusa Hamas de mudar termos de cessar-fogo e suspende reunião para aprovar acordo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (16) o Hamas de mudar termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza e disse que o grupo terrorista causou uma “crise de última hora” no acordo.

Netanyahu afirmou que, por conta disso, não vai reunir seu gabinete para aprovar o cessar-fogo enquanto o Hamas não recuar.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (16) o Hamas de mudar termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza e disse que o grupo terrorista causou uma “crise de última hora” no acordo.

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Netanyahu afirmou que, por conta disso, não vai reunir seu gabinete para aprovar o cessar-fogo enquanto o Hamas não recue.

“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel numa tentativa de extorquir concessões de última hora”, afirmou comunicado do gabinete do premiê.

O premiê israelense tinha previsto fazer uma reunião com seu Conselho de Ministros, prevista para esta quinta, para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas recue. No entanto, o premiê não forneceu mais detalhes nas acusações feitas ao grupo palestino.

Membros do Hamas negaram o recuo e afirmaram às agências de notícias Reuters e Associated Press nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores.

Catar e Estados Unidos anunciaram na tarde de quarta-feira o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por meses. Leia mais detalhes sobre os termos do cessar-fogo abaixo.

Tecnicamente, o aceite do acordo por Israel não é oficial até que seja aprovada pelo gabinete de segurança e pelo governo do país. Israel afirma que alguns detalhes do documento ainda precisam ser finalizados e ainda não se sabe se o impasse atrasará a implementação do cessar-fogo.

O conflito na Faixa de Gaza começou quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.

Gaza é um território palestino reivindicado para a criação de um Estado próprio, junto com a Cisjordânia. Desde 2007, quando foram realizadas eleições locais, o braço político do Hamas governava o território, mas os israelenses controlavam os pontos de entrada e saída, todos em fronteiras com Israel e com o Egito.

Ao longo de mais de um ano de guerra, bombardeios de Israel e incursões terrestres reduziram grandes áreas da Faixa de Gaza — principalmente no norte — a escombros e causaram uma crise humanitária na população de 2,3 milhões de habitantes.

Do g1.

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