Receita do governo federal acumula alta de 7,7% e ajuda a reduzir déficit

A receita líquida do governo federal registrou uma alta de 7,7% no acumulado entre janeiro e novembro de 2024, alcançando R$ 139,8 bilhões. O crescimento proporcionou alívio nas contas públicas e ajudou a reduzir o déficit de R$ 12 bilhões registrado em 2023, em meio ao aumento das despesas do Executivo.

As informações constam no Resultado do Tesouro Nacional de novembro, divulgado nesta quarta-feira. Durante o período, as contas públicas apresentaram um déficit de R$ 4,5 bilhões.

O crescimento de 7,7% nas receitas do governo acompanha os resultados recordes de arrecadação da Receita Federal no ano passado. Segundo o Tesouro Nacional, o aumento foi influenciado por fatores como:

  • A recomposição parcial da tributação sobre combustíveis;
  • O desempenho positivo do setor financeiro;
  • A elevação na arrecadação de tributos como Cofins, IR e IPI.

“Sem a alta, o rombo nas contas públicas poderia ser ainda maior, já que as despesas cresceram, mas em um ritmo menor que as receitas”, afirmou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. De acordo com ele, o déficit final de 2024 será de R$ 12 bilhões, embora os dados fechados do ano ainda não tenham sido divulgados oficialmente.

Principais fontes de crescimento da receita

Entre os destaques do aumento na arrecadação, a Cofins teve o maior impacto, com uma alta de R$ 60,4 bilhões. Outros tributos também contribuíram significativamente:

  • Imposto de Importação: alta de R$ 18,4 bilhões;
  • IPI: alta de R$ 22 bilhões;
  • Imposto sobre a Renda: alta de R$ 56,3 bilhões;
  • PIS/Pasep: alta de R$ 15,2 bilhões;
  • Arrecadação líquida para o RGPS: alta de R$ 20,3 bilhões.

Por outro lado, algumas receitas apresentaram queda, como as demais receitas, que registraram uma redução de R$ 22,2 bilhões.

Despesas cresceram 4,4%, puxadas pela Previdência

As despesas do governo cresceram 4,4%, totalizando R$ 89,6 bilhões no acumulado de 2024. O principal fator responsável por essa alta foi o aumento de R$ 29 bilhões nos pagamentos de benefícios previdenciários.

Embora as despesas tenham crescido, a alta foi menor que a das receitas, contribuindo para a redução do déficit. Isso reflete a importância do desempenho positivo da arrecadação na tentativa de reequilibrar as contas públicas.

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