Hamas e Israel estão em fase final de acordo de cessar-fogo com libertação de reféns; Israel continua ofensiva contra território palestino

Israel e Hamas estão em fase final de um acordo de cessar-fogo em Gaza nesta quarta-feira, 15, após 15 meses de conflito. A informação foi confirmada pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que o acordo de cessar-fogo em Gaza não foi finalizado, mas os detalhes finais poderão ser resolvidos nas próximas horas.

“Várias cláusulas da estrutura permanecem sem solução e esperamos que os detalhes sejam finalizados esta noite”, disse o gabinete do primeiro-ministro em comunicado.

Nas redes sociais, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou um acordo. “Nós temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve””, escreveu.

Oito minutos após a comemoração de Trump, Israel lançou um ataque contra Jenin, na Cisjordânia. Ao menos quatro pessoas morreram na ofensiva que Israel classificou como “direcionado a uma área específica”. O ataque foi noticiado pelo AlJazeera.

O Hamas entregou sua aprovação a mediadores. Segundo a agência AFP, o cessar-fogo também foi aprovado pela Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas. “As facções da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram aos mediadores de sua aprovação do acordo de troca e cessar-fogo”, disse uma fonte à AFP.

Em reação, a ONG Save the Children (Salve as Crianças em tradução livre), pediu que o cessar-fogo na região seja definitivo. O grupo também afirmou que centenas de milhares de crianças palestinas estão precisando de abrigo, alimentos e medicamentos de forma urgente.

“Durante 15 meses, cerca de um milhão de crianças em Gaza foram apanhadas num pesadelo com perdas, traumas e riscos para as suas vidas a cada passo”, disse a CEO do grupo, Inger Ashing.

“Se for implementada, esta pausa irá trazer-lhes um alívio vital das bombas e balas que os perseguem há mais de um ano. Mas não é suficiente e começa a corrida para salvar as crianças que enfrentam a fome e as doenças à medida que a sombra da fome se aproxima. A pausa deve ser permanente e os esforços devem ser intensificados com urgência para acabar com o cerco e aumentar enormemente a entrada de ajuda”, continuou.

Já a Campanha dos EUA pelos Direitos dos Palestinos (USCPR) afirmou que a “era da impunidade de Israel deve agora chegar a um fim rápido” depois do cessar-fogo ser alcançado em Gaza.

“Todos os perpetradores devem ser responsabilizados em Haia, incluindo os funcionários da administração Biden que financiaram e permitiram atos de genocídio”, disse Ahmad Abuznaid, diretor executivo do grupo, em comunicado.

“Todo palestino deslocado deve ter garantido o direito de retornar à sua casa e à sua terra. A reconstrução e a ajuda humanitária devem prosseguir com a maior urgência em meio a condições genocidas. Isso exigirá o fim do cerco ilegal de Israel a Gaza e a ocupação militar da Palestina.”

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