Ma’aden, mineradora saudita, anuncia investimento de R$ 8 bilhões no Brasil; entenda

A Ma’aden, mineradora saudita, anunciou que planeja abrir seu primeiro escritório em São Paulo em 2025.

A Arábia Saudita, líder global na exportação de petróleo, quer expandir seu protagonismo para mineração, e o Brasil é um dos países que está na rota de investimentos. Nesta terça-feira (14), a Ma’aden, mineradora saudita, anunciou que planeja abrir seu primeiro escritório em São Paulo em 2025. 

O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira, na abertura da quarta edição do Future Minerals Fórum, em Riad. “O investimento da Ma’aden será feito em mapeamento geológico e pesquisas minerais em parceria com empresas brasileiras”, disse Silveira. 

Ainda segundo o ministro, a iniciativa inclui um investimento estimado de R$ 8 bilhões, e é parte do plano 2030 de desenvolvimento saudita, com foco na industrialização do país e investimento em energia renováveis. 

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Future Minerals Forum: A estratégia da Arábia Saudita para liderar a economia do futuro e a transição energética

O Future Minerals Forum é um dos eventos criados para posicionar a Arábia Saudita como protagonista nos debates globais sobre a economia do futuro. O principal é o Future Investment Iniciative, lançado em 2017, que se consolidou como a “Davos do Deserto”, atraindo líderes mundiais para Riad. 

A Ma’aden e outras iniciativas são impulsionadas pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), que conta com investimentos de US$ 925 bilhões.

O ministro saudita de Mineração e Indústria, Bandar Ibrahim Alkhorayef, disse na abertura do evento que minerais são fundamentais para a transição energética e a Arábia Saudita está comprometida em encontrar soluções. 

Ele destacou que o mundo precisa de investimentos de cerca de US$ 6 trilhões para viabilizar a transição energética e atender à crescente demanda de energia nos próximos anos. Com o aumento da demanda por inteligência artificial, o consumo de energia continuará a crescer de forma exponencial.

Nos próximos três dias, cerca de 14.000 executivos e representantes de 178 países discutirão as oportunidades dessa transição e o papel da mineração nesse processo, em Riad. Para a Arábia Saudita, o maior desafio é replicar no setor de mineração a liderança que conquistou com o petróleo e as novas energias.

O país já explora minerais como ouro e fosfato, mas possui um histórico recente na mineração e ainda não ocupa uma posição de destaque global nessa área. Sendo assim, o objetivo é se estabelecer entre os principais players, investindo cada vez mais em pesquisa sobre terras raras e outros minerais essenciais para baterias e componentes eletrônicos de ponta.

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