JP Morgan favorece qualidade e alto rendimentos de dividendos entre os bancos; veja quais comprar

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(Imagem: Divulgação / Montagem: Bruna Martins)

A temporada de balanços referente ao quarto trimestre de 2024 começará em breve e o JP Morgan atualizou suas estimativas para os bancos, com preferência por nomes que oferecem alto rendimento de dividendos ou aqueles com queda limitada de lucros, como Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11) e Banco do Brasil (BBAS3).

Em relatório, o JP Morgan afirma que não vê a maioria dos investidores locais como compradores no setor de bancos tradicionais, percebendo um sentimento geral negativo, sendo o Itaú a escolha comum entre os nomes.

“Embora acreditemos que os bancos, em geral, defenderão seus lucros e estejam bem posicionados para este ciclo (realizando uma importante redução de riscos — afastando-se dos segmentos de menor renda nos últimos anos) e as empresas estejam mais líquidas após anos de forte atividade no mercado de dívida corporativa (DCM), e existam programas governamentais mais amplos para pequenas e médias empresas, percebemos um sentimento geral negativo entre os investidores”.

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No entanto, os analistas ponderam que, embora haja alguma piora com a trajetória de alta da inflação e da taxa Selic, não esperam uma piora importante, tendo em vista um início gradual do impacto em algum momento no segundo semestre de 2025, que deve se dividir entre 2025 e 2026.

Em um cenário pessimista, os analistas apontam que as provisões para perdas esperadas devem impulsionar reservas antecipadas, o que poderia antecipá-las antes do aumento dos NPLs (empréstimos não produtivos).

“Outro risco potencial para os números poderia ser o crescimento de empréstimos, embora os volumes possam ser parcialmente compensados por spreads. Nossa previsão atual incorpora crescimento de empréstimos de um dígito alto, embora já tenhamos reduzido algumas estimativas para cerca de +7%, o que consideramos razoável, considerando um PIB nominal de cerca de 6%”, avaliam os analistas.

Entre os bancos tradicionais, a preferência do JP Morgan, em ordem, é Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11), seguido pelo Bradesco (BBDC4) — sendo este último o único com recomendação neutra.

Projeções para os bancões tradicionais

Em termos de fundamentos para o Itaú, classificado como overweight — equivalente a compra –, os analistas do JP Morgan apontam que as taxas mais altas devem beneficiar o banco de atacado, enquanto o varejo e a carteira geral do banco estão protegidos.

Os analistas destacam o alto rendimento de dividendos, em torno de 9%, o alto ROE, superior a 22%, e avaliam o Itaú em boa forma para enfrentar ventos contrários de capital. “Basicamente em uma posição melhor do que a maioria dos pares”, dizem os analistas.

Banco do Brasil é outro nome que agrada o JP Morgan em 2025, tendo em vista que uma Selic mais alta é positiva para as margens, o agronegócio deve atingir um ponto de inflexão em 2024 e a introdução regulatória do IFRS de quatro anos deve fornecer alívio para o capital. A classificação para o BB é overweight.

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Os analistas ponderam que, embora alguns investidores estejam preocupados com o fato de que o governo possa eventualmente usar a estatal para intervenção econômica como fez no passado, observam que BBAS a 3,5 vezes preço/lucro ou quase 30% de rendimento de dividendos com 11% de dividend yield (retorno de dividendos) parece já refletir parte desse risco, apesar de ter uma governança aprimorada nos últimos anos.

Seguindo nos bancos tradicionais, o JP Morgan acredita que Santander e Bradesco devem ser os dois nomes mais expostos negativamente a uma Selic mais alta em sua parcela de NII (resultado líquido da intermediação financeira) de mercado.

Os analistas apontam preferência pelo Santander Brasil — também com classificação overweight —, uma vez que o banco já tem um ROE superior ao CoE, ou seja, retorno sobre o patrimônio superior ao custo de capital, e vem desacelerando o crescimento de empréstimos antes dos outros, o que avaliam como positivo antes de um ciclo de crédito.

Por fim, Bradesco é o único de bancos tradicionais com classificação neutra pelo JP Morgan. Os analistas pontuam que o ROE permanece abaixo do CoE, e a recuperação pode ser desacelerada pela Selic e pelo ciclo econômico.

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