Joelma grava DVD com artista do Estado no sábado

O cantor Jeferson Pillar, que é morador de Vila Velha, foi convidado por Joelma para cantar música na gravação do DVD

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Fábio Nunes/AT

Num palco com mais de 50 metros de comprimento e um investimento de R$ 500 mil, a cantora paraense Joelma grava, no próximo sábado (11), em Vitória, um novo DVD.“Está tudo perfeito. A gente fez tudo com muito amor e carinho. Vitória é linda. Estou vivendo um sonho depois de tudo que passei. Sou muito grata a Deus por ainda estar aqui”, comemorou a cantora de 50 anos, durante coletiva na tarde desta quarta-feira (8), lembrando das nove vezes que venceu a covid-19. Além de ser uma vitrine para o Espírito Santo, ao destacar as belezas da capital, o projeto ao vivo vai contar com a participação de um morador de Vila Velha. Trata-se do cantor gospel Jeferson Pillar, de 39 anos. Juntos, eles subirão ao palco para cantar “E Se”, uma música de autoria do artista carioca, que se considera “capixaba de coração”. “É uma canção que me levanta do chão”, confessa a diva do Calypso. Mas se engana quem pensa que o convidado foi escolhido por morar perto do local de gravação. Pelo contrário. Joelma nem sabia que ele morava por essas bandas. “Ela descobriu quando a produção perguntou de que cidade eu sairia, para comprarem as passagens”, entrega Jeferson, aos risos.O cantor define a oportunidade de dividir o palco com Joelma como “um privilégio sem igual”. “Já seria suficiente saber que a minha música faz parte de momentos marcantes da vida dela. Mas ter a oportunidade de eternizá-la em um DVD e em forma de feat, não tenho nem roupa pra isso”, brinca.

Flávio Carvalho

Rainha da tecnocumbia, a peruana Rossy War também marcará presença no projeto. Já o astro capixaba Alemão do Forró ficará responsável pela abertura do evento. “Ele vai cantar porque representa Vitória. Ele faz um trabalho incrível, que a galera ama não só aqui, mas como em outros estados”.Apesar de confirmada anteriormente pela organização do evento, a participação de Gusttavo Lima ainda é incerta. No entanto, as participações de outros nomes nacionais estão em negociação. “O fundo do poço é o melhor lugar”, diz JoelmaA Tribuna: Grava novo DVD em Vitória, no próximo sábado. Esse projeto trará um repertório de inéditas? Joelma: Há músicas que eu nunca trabalhei, mas que foram gravadas em outros CDs, lá atrás, há 10 anos. E são canções lindas, grandiosas. Antigamente, a gente gravava um CD com 15 faixas e trabalhava apenas três. O resto ficava esquecido, e eram músicas maravilhosas, sabe? E aí a gente está trazendo um pouco disso para esse DVD, a exemplo de “Lágrimas de Amor”.O nome da turnê é “Isso é Calypso”. O que é o calypso como ícone da música paraense e como gênero musical?O calypso, na verdade, é o nosso brega. O calypso é nome de estúdio e o brega é como o povão chama, entendeu? Eu só descobri que o brega era calypso quando eu fui gravar. Pra mim, o brega era brega e o calypso era outra coisa. Mas é a mesma coisa.A música paraense já ganhou o reconhecimento que merece?Já conseguimos e acho que há muito tempo. Só falta a galera do Norte vir mais pra cá, entendeu? Sair mais, se permitir sair.E já está acontecendo se for ver o que cantoras como Manu Bahtidão, Gaby Amarantos e Zaynara tem conquistado, né?Sim, graças a Deus! Apoio o trabalho de todas. Tem muita coisa boa lá!Completou 30 anos de carreira no ano passado. Chegou a falar que pensava em parar, mas aí veio o hit “Voando pro Pará” e mudou seu destino. Hoje, você pensa de parar? Agora mesmo que eu não vou parar! Eu pensei em parar quando estava bem doente. Mas agora que estou recuperando minha saúde que eu não tenho que parar mesmo, né? Se Deus não permitiu que eu parasse quando estava doente, imagina agora? Eu acho que agora é que eu tenho que seguir mesmo, né? Então, a gente vem com o gás todo, com projetos novos. Tem muita coisa fervilhando na minha cabeça. (Risos)Nesses 30 anos de carreira, o que você deixaria para trás? Acho que nada. Tudo foi necessário. Acho que tudo que eu passei, principalmente, de ruim, foi para eu aprender. Como falei na coletiva, o fundo do poço é o melhor lugar para você virar a chave, mudar de vida.Você tem vontade de levar a música do Pará para o mundo inteiro, igual a Anitta fez com o funk? Engraçado que não, não tenho. Só quero saúde para manter o que eu tenho. Mas, olha, eu nem planejei e já gravei um DVD fora do País, em Portugal. Eu não planejo as minhas coisas. Elas vão acontecendo.Aos 50 anos, você está satisfeita com o que vê no espelho?Estou muito satisfeita. Me acho linda, maravilhosa, bem melhor do que eu imaginava que estaria com 50 anos.Como você encara essa questão do envelhecimento?É normal. Todo mundo vai envelhecer, todo mundo vai passar. Tudo passa. Isso é normal. A gente tem que aceitar e ser grato. Aprendi uma coisa: você tem que ser grato sempre por aquilo que você tem naquele momento e viver aquele momento, porque o amanhã não nos pertence.

Flávio Carvalho

Serviço: “Isso é Calypso Vitória”O quê: Gravação de DVD da cantora Joelma (PA) com participações de Rossy War (Peru) e do cantor gospel Jeferson Pillar. Alemão do Forró abre o evento. Quando: Próximo sábado, 15h.Onde: Na Praça do Papa, Enseada do Suá. Ing.: A partir de R$ 109,99 (Área VIP/3º lote/meia). Venda: Site lebillet.com.br.Sorteio: A Tribuna vai sortear ingressos para assinantes do jornal. Para participar, basta enviar mensagem para o WhatsApp (27) 99583-2597. Clas.: 14 anos.

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