Ibovespa (IBOV) perde os 121 mil pontos, de olho em Trump e Fed; 5 coisas para saber ao investir hoje (8)

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Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira, 8 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (8) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,25%, aos 120.885,96 pontos, por volta de 10h06 (horário de Brasília).

O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações desta quarta, em linha com os ganhos nos mercados globais, à medida que os investidores reagiam a novas notícias sobre os planos tarifários do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e a dados sólidos da maior economia do mundo.

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Para hoje, não são esperados grandes indicadores nacionais. A exceção fica com os dados da Produção Industrial de novembro. Já em Brasília, o dia promete ser agitado com o ato do segundo ano do 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes sofreram com atos antidemocráticos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará, ao lado dos comandantes das Forças Armadas, um discurso para defender a democracia.

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Radar do Mercado:

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quarta (8)

1 – O calendário é apertado nesse primeiro semestre?

Se o calendário de um ano com eleições municipais já é complexo, imagine um ano marcado por revés econômico, perda de popularidade e reorganização de forças no Congresso. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, aponta que, com Brasília oficialmente em recesso, janeiro transforma-se em um período de intensas articulações nos bastidores para a sucessão de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco nas casas legislativas.

“É o momento em que o governo tenta se reposicionar, buscando alinhar sua pauta às novas lideranças e pavimentar o terreno para a tão esperada Reforma Ministerial”, diz.

Enquanto isso acontece no âmbito político, a população brasileira retorna gradualmente das férias de final de ano e se depara com as tradicionais despesas de início de ano — IPVA, IPTU e outras obrigações.

“Essa é uma época em que a inflação se torna mais palpável e dolorosa para o bolso, potencializando a sensação de deterioração econômica. Perda de popularidade na veia”, pondera. “O descontentamento popular cresce, mas o Carnaval, marcado para o final de fevereiro e início de março, oferece uma breve válvula de escape”.

2 – Trump vai resistir à tentação de virar conquistador?

O otimismo do início da semana se desfez no pregão de ontem (7), abalado por dados mais fortes de emprego nos EUA e pelo tom agressivo adotado por Donald Trump. Isso porque, uma economia americana mais robusta do que o esperado gera incertezas sobre a possibilidade de cortes adicionais na taxa de juros ao longo de 2025.

“O ânimo inicial, alimentado pela percepção de um Trump mais moderado, foi rapidamente dissipado por sua retórica protecionista e impositiva”, aponta Matheus Spiess.

Como reflexo, os mercados asiáticos encerraram esta quarta-feira (8) em queda, sem que nem mesmo a ampliação do programa chinês de troca de bens de consumo – uma tentativa de impulsionar o crescimento – fosse suficiente para reverter o pessimismo. Para o analista, qualquer sinal de manutenção de juros elevados nos EUA, combinado com a postura agressiva de Trump, tende a fortalecer ainda mais o dólar globalmente.

“Sobre Trump, já adianto: não, ele não está prestes a se lançar como um “conquistador”. No entanto, sua retórica deve continuar a sustentar seu estilo de negociação impositivo, causando impacto direto em questões econômicas globais”, finaliza.

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3 – Equatorial (EQTL3) realizará aumento de capital de até R$ 111,2 milhões

O conselho de administração da Equatorial (EQTL3) aprovou aumento do capital da companhia de até R$ 111,2 milhões, mostra documento enviado ao mercado na terça-feira (7), após o fechamento do mercado.

Com isso, o capital social da companhia passará dos atuais R$ 12,501 bilhões para, no mínimo, R$ 12,526 bilhões e, no máximo, R$ 12,612 bilhões.

O recebimento das novas ações será feito à vista no ato da subscrição, e/ou mediante a utilização, total ou parcial, do crédito (líquido de Imposto de Renda) decorrente dos juros sobre capital próprio anunciados pela companhia em 30 de dezembro de 2024.

4 – Produção salta 40% em dezembro e PRIO (PRIO3) tem melhor mês do ano

PRIO (PRIO3) fechou o ano com produção de 106 mil barris de petróleo equivalentes diários (boepd), alta de 38% em relação a novembro e o melhor mês do ano, mostra prévia operacional enviada ao mercado nesta terça-feira.

No quarto trimestre, a companhia produziu 87 mil barris, maior que os 70 mil do terceiro trimestre. A petroleira fecha o ano com produção de 84 mil barris diários.

5 – Ata do Fed pode começar a mostrar o desafio para novos cortes de juros

As autoridades do Federal Reserve têm sinalizado que novos cortes na taxa de juros estão suspensos por enquanto devido ao progresso lento da inflação e a uma economia dos Estados Unidos ainda forte, mas a ata da reunião de dezembro do banco central pode mostrar até que ponto esse sentimento é compartilhado entre elas em meio a um ambiente econômico incerto sob o novo governo Trump.

Depois de reduzir os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de 17 e 18 de dezembro, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que as autoridades podem agora ser “cautelosos” em relação a novas reduções e observou que algumas autoridades começaram a abordar as próximas decisões como se estivessem “dirigindo em uma noite de neblina ou entrando em uma sala escura cheia de móveis” devido à incerteza em relação ao impacto das propostas de tarifas, impostos e outras do presidente eleito Donald Trump.

A ata, que será divulgada às 16h (horário de Brasília) desta quarta-feira (8), pode ajudar a esclarecer como as autoridades abordarão novas reduções nos juros.

*Com informações de Reuters

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