Pastrana afirma que 9 ex-presidentes pretendem acompanhar González Urrutia à Venezuela

O ex-presidente colombiano Andrés Pastrana anunciou nesta terça-feira, 7, que nove ex-presidentes latino-americanos acompanharão o líder oposicionista venezuelano Edmundo González Urrutia em sua viagem de retorno à Venezuela no dia 10 de janeiro. González Urrutia reivindica a Presidência do país após as polêmicas eleições de 28 de julho de 2024.

Pastrana, que governou a Colômbia entre 1998 e 2002, declarou à rádio “La FM” que os ex-presidentes fazem parte do grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea). “Edmundo disse ao mundo que iria para a Venezuela e, se ele vai para a Venezuela, temos a obrigação de acompanhar Edmundo em sua viagem de volta para sua posse em 10 de janeiro”, afirmou.

Viagem inclui paradas estratégicas antes do retorno

Segundo Pastrana, os ex-presidentes se reunirão no Panamá nesta terça-feira, onde González Urrutia estará na quarta-feira. Após isso, o grupo seguirá para a República Dominicana, última parada do opositor antes de sua chegada à Venezuela. Em julho de 2024, uma tentativa de viagem de membros do grupo Idea à Venezuela foi frustrada pelo governo de Nicolás Maduro, que vetou a entrada do avião que transportava os líderes.

Entraves para entrada na Venezuela

Pastrana reconheceu os riscos da viagem: “Se essa autorização não for dada e se a aeronave não puder entrar com ex-presidentes e possivelmente outros líderes, pode até haver colegas jornalistas, o que fica claramente demonstrado é que na Venezuela há uma narcoditadura.”

Devido à militarização do país, Pastrana afirmou que a única forma viável de entrada seria por via aérea. Ele também expressou dúvidas sobre a permissão de entrada de González Urrutia no país. Recentemente, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, ameaçou prender os ex-presidentes caso tentassem ingressar na Venezuela.

Reações do governo Maduro

No domingo passado, o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, anunciou que pedirá que ex-presidentes como Felipe Calderón e Vicente Fox (México), Jorge Quiroga (Bolívia), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Mireya Moscoso (Panamá) sejam declarados personae non gratae por suas ações.

Apesar das críticas internacionais à reeleição de Maduro e da falta de transparência na divulgação dos resultados eleitorais, o governo venezuelano conta com o apoio de todas as instituições nacionais, incluindo as Forças Armadas, que acusam a oposição de “golpismo”.

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