Tribunal prorroga mandado de prisão contra presidente sul-coreano destituído

Um tribunal de Seul concedeu nesta terça-feira, 7, uma extensão ao mandado de prisão contra o presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, depois que o mandado original expirou à meia-noite sem que as autoridades tenham conseguido detê-lo.

O Tribunal do Distrito Oeste de Seul aceitou hoje a extensão solicitada pelos investigadores do Escritório de Investigação de Corrupção de Funcionários de Alto Escalão (CIO) depois do fracasso de sua operação para prender Yoon na semana passada.

Na sexta-feira passada, agentes do CIO acompanhados pela polícia foram impedidos pelo Serviço de Segurança Presidencial (PSS) de entrar na residência de Yoon, que ignorou três intimações para testemunhar sobre sua fracassada proclamação da lei marcial no último dia 3 de dezembro.

O PSS mobilizou cerca de 200 agentes formando várias barreiras humanas e, após um tenso impasse que durou horas, o CIO cancelou a operação.

Na segunda-feira, poucas horas antes do término da validade do mandado de prisão, o departamento anticorrupção solicitou ao mesmo tribunal que o concedeu originalmente a extensão de sua vigência.

Embora os investigadores não tenham divulgado o novo período de validade da ordem de detenção de Yoon, especialistas acreditam que foi estendida além dos sete dias habituais nesses casos, devido aos problemas de acesso à residência do presidente.

Yoon, que foi proibido de deixar o país, está sendo investigado por um suposto crime de insurreição, o único ao qual um presidente sul-coreano não está imune.

A Coreia do Sul pune os líderes de um movimento de insurreição com prisão perpétua ou pena de morte (que está em moratória no país há quase 40 anos).

Se conseguirem prender Yoon, os investigadores terão 48 horas para interrogá-lo e até mesmo solicitar uma ordem para estender a detenção, se julgarem necessário.

O presidente sul-coreano foi destituído pelo Parlamento no dia 14 de dezembro por ter declarado a lei marcial 11 dias antes e está aguardando uma decisão do Tribunal Constitucional saber se será reconduzido ao cargo ou afastado de forma definitiva.

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