González Urrutia diz que reunião com Biden foi ‘longa, frutífera e cordial’

O líder oposicionista venezuelano Edmundo González Urrutia se reuniu nesta segunda-feira, 6, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca. Após o encontro, González descreveu a reunião como “longa, frutífera e cordial”.

Em declarações à imprensa, o político afirmou que Biden “o acompanha de todo o coração” em sua tentativa de retornar à Venezuela para a posse presidencial marcada para o dia 10 de janeiro. Nessa data, o atual presidente, Nicolás Maduro, pretende assumir o cargo, mesmo com acusações de fraude por parte da oposição.

Discussões sobre apoio internacional

González Urrutia revelou que a conversa abordou “vários aspectos da relação bilateral” e expressou sua gratidão pelo “apoio” do governo dos EUA na “luta pela recuperação democrática da Venezuela”.

Apesar de não confirmar um encontro com o presidente eleito, Donald Trump, o oposicionista sinalizou que as relações com o novo governo americano serão “muito, muito próximas e também muito benéficas para a Venezuela”.

“Vamos continuar com a mesma política bipartidária que temos tido desde o início e, com isso, vamos garantir que o caminho para a restauração da democracia seja o mais rápido possível”, destacou González.

Chamado à mobilização popular

Sobre o apelo da líder oposicionista María Corina Machado para que os venezuelanos saiam às ruas, González afirmou que “a recuperação da democracia é uma tarefa de todos”.

A Casa Branca não emitiu declarações após a reunião, que não constava na agenda oficial de Biden. A visita do líder venezuelano a Washington faz parte de uma turnê para mobilizar apoio internacional antes da posse presidencial.

Fraude eleitoral e apoio externo

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor das eleições de 28 de julho, mas não apresentou provas detalhadas dos resultados. Em contraste, a maior coalizão de oposição da Venezuela apresentou registros que apontam González Urrutia como o verdadeiro vencedor, posição apoiada pelos Estados Unidos e outros países.