Ibovespa começa a semana com o pé direito e sobe mais de 1%

(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa começou a semana com o pé direito, subindo nesta segunda-feira (6). Parte da alta se deve à notícia do jornal The Washington de que do presidente Donald Trump estaria considerando moderar os planos tarifários.

O índice fechou em alta de 1,26%, a 120.021,52 pontos.

• Quais são as top “Money Picks” para este mês? O Money Times ouviu analistas de toda a Faria Lima para descobrir; veja aqui o resultado 

Na medida em que o Ibovespa subiu, o dólar à vista caiu 1,11% hoje, cotado a R$ 6,11. Apesar do recuo no Brasil, a moeda norte-americana se manteve acima dos R$ 6,10, em sessão marcada por liquidez reduzida neste início de ano.

“Se o Trump assume uma postura mais moderada, isso indica que o Federal Reserve tende a ter mais espaço para redução de juros. Se tem uma postura agressiva e mais inflacionária, fica mais defensivo”, destaca Victor Benndorf, da corretora que leva o seu nome.

Ele explica que isso impactava, principalmente, os países emergentes, que possuem um beta mais alto, e são mais expostos, para o bem como para o mal. Apesar disso, Trump tratou de negar a informação em publicação na sua rede social, Truth Social.

Mesmo assim, tanto o dólar quanto a bolsa brasileira reagiram positivamente à notícia. Além disso, o dia foi marcado pela divulgação do Relatório Focus, que mostrou uma elevação para o nível da Selic ao fim deste ano.

A projeção subiu de de 14,75% para 15%, em meio a expectativas também mais altas para o avanço do IPCA em 2025 e 2026, indicando que o pessimismo com a trajetória da inflação deve permanecer.

As altas e baixas do Ibovespa

Tanto a Vale (VALE3) quanto a Petrobras (PETR3;PETR4), ações de maior peso na bolsa, caíram neste pregão, refletindo a baixa nas commodities. Os papéis das companhias fecharam com quedas de 1,18%, 0,94% e 0,63%, respectivamente.

Na ponta positiva, as ações da Azul (AZUL4) se destacaram com uma alta de 13,07%. O movimento positivo vem após a companhia confirmar acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) sobre dívidas tributárias.