Brasol, que tem Siemens e BlackRock como sócias, calça a botina para crescer no agro

Na Brasol, empresa especializada em energia renovável que tem a gigante alemã Siemens e a megagestora americana BlackRock como sócias, é momento de crescer. Além dos investidores de peso, a companhia captou R$ 400 milhões em debêntures há alguns meses para escalar sua operação.

Os novos rumos da empresa devem passar, em grande parte, pelo interior do País, com forte atuação no agro. Atualmente a Brasol tem 150 MW de capacidade em projetos de energia solar já operacionais e deve adicionar mais capacidade nos próximos meses.

No final de 2024, a companhia comprou, por R$ 475 milhões, 31 projetos de energia solar distribuída da Raízen.

Outro movimento recente da Brasol no setor foi o anúncio de um investimento de R$ 80 milhões para construir subestações e linhas de transmissão em uma fazenda no Matopiba.

A propriedade, que cultiva mais de 15 mil hectares e produz algodão e grãos, utilizará a infraestrutura para bombeamento e irrigação.

A aposta da Brasol no agro vai além de subestações e linhas de transmissão. A empresa também desenvolve projetos que combinam geração solar e baterias químicas de grande escala, que visam atender a fazendas em áreas remotas ou com infraestrutura energética insuficiente.

“O agronegócio está em processo de modernização, substituindo sistemas como geradores a diesel por alternativas mais sustentáveis e eficientes, como a geração solar e armazenamento de energia”, afirma Rafael Brasiliense, diretor comercial e de marketing da Brasol.

A Brasol também atua com armazenamento de baterias, subestações de geração solar e com estações de carregamento de veículos elétricos.

“Todas as linhas de negócio conversam entre si e possuem pontos de intersecção. E todos se conectam com o agro”, afirmou Rafael Brasiliense.

Por mais que geração solar não seja uma novidade para o agro, a ideia da Brasol é levar ao setor as outras possibilidades de negócio, como no caso dessa fazenda do Matopiba.

A ideia é que a geração de energia em áreas remotas permita, além da utilização de pivôs de irrigação e de captação de água, que a fazenda possa se descarbonizar e deixar de utilizar geradores à diesel, segundo o diretor.

Ele afirma que a atuação no agro é mais recente, mas no último ano e meio notou mais interesse dos produtores rurais em conversas de prospecção. “Com o aumento da área irrigada, a conexão e a disponibilidade energética viram um gargalo”, diz.

“Hoje o segmento industrial, que inclui as agroindústrias, é nosso maior cliente. O agro vem em segundo lugar, mas acreditamos que entre 2025 e 2026 o setor vai se equiparar à indústria. Acreditamos em uma grande demanda energética no agro e aderência aos nossos produtos”, afirmou Rafael Brasiliense.

A Brasol possui 10 projetos em desenvolvimento para o setor, incluindo outras fazendas e agroindústrias, que, segundo o diretor, devem ganhar maturação este ano.

Segundo Eberson Muniz, head da unidade de negócios de subestações e transmissão da Brasol, o objetivo da companhia é “trazer eficiência para o agro”.

No modelo de negócio, a Brasol custeia o projeto e faz um contrato de aluguel por alguns anos com o beneficiado. Ao fim do período, o ativo fica com o cliente.

“Precisamos levar uma solução em que o cliente não investe de uma vez. E mesmo comparando, no fim do contrato tem que ser mais em conta. O agro nos proporciona esse tipo de possibilidades”, diz Muniz.

Atualmente a Brasol tem 150 MW de capacidade em projetos de energia solar já operacionais e deve adicionar mais capacidade nos próximos meses. No final de 2024, a companhia comprou, por R$ 475 milhões, 31 projetos de energia solar distribuída da Raízen.

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