PC e PM prendem suspeito de matar homem a mando da filha e do genro por herança de R$ 3 milhões; vídeo

Em uma ação integrada entre a Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado de Goiás, um homem suspeito de envolvimento em um homicídio duplamente qualificado foi preso neste domingo, 5, em Novo Gama, região do Entorno do Distrito Federal. Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça, foragido desde abril de 2024, foi localizado e detido durante a Operação Supplicium, que contou com o apoio de equipes da 18ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Uruaçu e de unidades especializadas como a ROTAM e o Comando de Policiamento de Choque (CPC/2).

Veja o momento da prisão:

O crime que motivou a operação ocorreu em Campinorte, no norte de Goiás, em 1º de abril de 2024. Luiz Henrique é acusado de participar do assassinato de uma vítima em circunstâncias que configuram homicídio duplamente qualificado, cometido por emboscada e mediante promessa de pagamento. Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil de Campinorte, o crime foi encomendado pela filha e pelo genro da vítima.

A prisão foi realizada no Setor Boa Vista, em Novo Gama, após um trabalho de inteligência que monitorou o suspeito. Durante a operação, quatro familiares que estavam dando refúgio ao foragido foram conduzidos à delegacia, onde responderão pelo crime de favorecimento pessoal, com termos circunstanciados de ocorrência (TCO) lavrados contra eles.

O suspeito foi apresentado à autoridade policial para os trâmites legais e deverá permanecer à disposição da Justiça para responder pelas acusações. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado, mas o espaço segue aberto para manifestação.

O que dizem as investigações

A Polícia Civil informou que o pai da suspeita foi morto em uma emboscada enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi abordado por três homens e atingido por dois tiros. A motivação para o crime seria a herança deixada pela vítima, que incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e dinheiro em conta bancária. A filha, única herdeira, teria planejado o assassinato com o marido para ficar com os bens.

Após o crime, a filha vendeu parte do patrimônio cerca de três meses depois. Segundo o delegado Peterson Amin, ela negociou 100 cabeças de gado e uma casa, mas não conseguiu movimentar o dinheiro das contas bancárias do pai. A rapidez na venda dos bens gerou suspeitas na polícia, reforçando os indícios contra ela. “Ela começou a se desfazer de tudo o que podia, o que gerou estranheza”, afirmou o delegado.

Durante o depoimento, a filha alegou que o marido foi quem organizou o crime, mas disse que não o denunciou por medo. O delegado, entretanto, afirmou não acreditar nessa versão e indicou que ambos estavam envolvidos no planejamento. O marido preferiu ficar em silêncio durante seu depoimento à polícia.

A investigação revelou que o casal contratou um executor pelo valor de R$ 20 mil, que, por sua vez, contratou outros dois homens para realizar o crime. Após não receber o pagamento prometido, o executor denunciou o casal à polícia, enviando fotos, vídeos e prints das negociações através de um número falso.

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