Esse é o primeiro passo para a revolução ESG da sua empresa

A matriz de materialidade é o ponto de partida de qualquer iniciativa ESG de uma empresa. Ela permite que a organização identifique e priorize as questões ambientais, sociais e de governança mais importantes para o negócio e seus stakeholders.

A matriz ajuda as empresas a focarem seus esforços ESG em áreas de maior impacto, otimizando a criação de valor. Diferentemente das avaliações financeiras, a de materialidade não é obrigatória, mas, tem o objetivo de lidar com questões que podem afetar a imagem – e a operação – da empresa como um todo.

A PepsiCo, por exemplo, descobriu – por meio da matriz de materialidade – que a escassez hídrica deveria ser priorizada como a principal ameaça a produção de refrigerantes, o produto mais rentável da marca.

Para resolver o problema, a Pepsi criou um programa que busca não só reduzir o consumo de água ao longo de toda a cadeia de produção, como também repor mais água do que eles retiram dos reservatórios naturais.

Esse processo inclui a plantação de uma floresta de 586 hectares no Arizona e a criação de um canal para reconectar um rio no Colorado.

A expectativa é que a Pepsi reponha, anualmente, mais de 1,4 bilhões de litros de água à natureza – e tudo isso foi impulsionado pela matriz de materialidade.

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Como construir uma matriz de materialidade em cinco passos

1. Defina quem são os stakeholders do seu negócio: uma matriz de materialidade bem-sucedida considera as opiniões e percepções de stakeholders internos e externos ao longo da cadeia de valor da empresa. Alguns exemplos incluem colaboradores, fornecedores, clientes, investidores, acionistas, conselheiros e a comunidade onde a empresa opera;

2. Identificação de temas: depois de definir os stakeholders, as empresas devem considerar suas políticas e práticas, buscando informações em pesquisas de mídia e documentação interna. Isso ajuda a determinar quais tópicos são mais relevantes para o negócio. Esses temas são normalmente divididos em quatro grupos:

  • Governança: ética e transparência, gestão de riscos, privacidade dos clientes, equidade de gênero no conselho de administração, qualidade do serviço e satisfação do cliente;
  • Ambiental: gestão de resíduos, consumo de água e eletricidade, controle de emissões e gerenciamento da poluição, e proteção da biodiversidade;
  • Econômico: maximização do retorno sobre investimento, custos operacionais e lucro;
  • Social: saúde e segurança ocupacional, direitos humanos e diversidade, impacto na comunidade, e assistência e envolvimento social.

3. Avaliação interna: a alta gestão deve desenvolver critérios para priorizar quais dos temas identificados são mais importantes para a organização;

4. Avaliação dos stakeholders: desenvolva um questionário ou pesquisa formal, a ser preenchido pelos stakeholders, que identifique os tópicos mais relevantes para o negócio. Os stakeholders devem avaliar a importância e o impacto de cada tema usando uma escala numérica, formato de classificação ou seleção dos temas mais importantes. Essa coleta de dados quantitativos facilita a análise e pode ser facilmente representada visualmente.

5. Analise as respostas e construa a matriz de materialidade: a avaliação interna da alta gestão deve ser comparada à avaliação dos stakeholders para chegar a um consenso sobre os temas relevantes. Analise os resultados de cada tema para determinar quais são mais importantes para cada grupo de stakeholders.

Após analisar os dados, pode-se encontrar um ponto comum e montar a matriz de materialidade. Os resultados devem demonstrar a importância de cada tema para a empresa em relação à influência dos stakeholders. O resultado final deve ser parecido com a imagem abaixo.

Exemplo de matriz de materialidade (Humanizadas/Reprodução)

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