RAIZ4, CSAN3, JALL3 e SMTO3: O que esperar das usinas em 2025?

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(iStock.com/JR Slompo)

No acumulado de 2024, as usinas do setor sucroalcooleira tiveram um desempenho aquém do esperado no Ibovespa, com as empresas listadas apresentando desempenho negativo até 12h39 em 23 de dezembro, entre elas:

  • Raízen (RAIZ4): queda de 46,08%
  • Cosan (CSAN3): queda de 55,72%
  • Jalles (JALL3): queda de 39,14%
  • São Martinho (SMTO3): queda de 39,27%

Para 2025, o BB Investimentos espera que os preços do açúcar sigam elevados no mercado global, com oferta mais restrita e forte consumo de emergentes, enquanto a demanda por etanol deve crescer.

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Em seu relatório, a ação mais indicada para o setor no ano que vem é a São Martinho (SMTO3). “A empresa tem menor alavancagem, infraestrutura robusta e múltiplos descontados, sugerindo uma performance mais resiliente, ainda que este seja um setor particularmente sensível a altas taxas de juros”, diz.

Além da São Martinho, o relatório completo do BB Investimentos recomenda compra empresa do setor: Jalles, com potencial de valorização de 133%; e Raízen, projetando valorização de 82,9%.

Quanto a Jalles, os analistas da XP Investimentos e BTG Pactual viram números sólidos no último balanço quando a empresa reverteu prejuízo e  R$ 33,8 milhões no segundo trimestre da safra 2024/2025 (2T25).

A XP mantém sua recomendação de compra para ação e preço-alvo de R$ 12,40 (potencial de alta de 137,09%), enquanto o BTG recomenda compra com preço-alvo de R$ 12 (potencial de alta de 73,91%)

O momento da Cosan e Raízen

A holding Cosan e sua subsidiária Raízen enfrentou desafios ao longo de 2024, com as ações entre as principais quedas dentro do setor, em um ano marcado pelo “senso de urgência” sobre o que precisa ser feito para restaurar o equilíbrio da estrutura de capital da empresa.

As ações das empresas sofreram duras quedas ao longo do ano, à medida que o aumento da alavancagem e dos custos da dívida forçaram uma redução do patrimônio líquido.

Para o BTG Pactual, em relatório de 9 dezembro, há duas obsessões atuais para Cosan: endereçar a alavancagem da holding e restaurar a cultura de agilidade, empreendedorismo e pragmatismo que antes prevalecia em todas as suas subsidiárias, com foco na Raízen.

Pensando nisso, o BTG considera que as empresas devem “voltar ao básico”, revisitando a crescente complexidade do seu portfólio de ativos. Fora isso, a holding entende que o aumento das taxas de juros acabará por forçá-la a encontrar formas de reduzir a dívida e permitir o aumento dos dividendos que chegam das subsidiárias. Apesar disso, o banco mantém sua recomendação de compra para Cosan (preço-alvo de R$ 23) e Raízen (preço-alvo de R$ 7).

No dia 23 de dezembro, o banco reforçou que a Raízen caminha na direção certa após a empresa vender até 31 projetos de usinas de geração solar distribuída (UFVs). No entanto, para o BTG, maiores vendas são necessárias.

O potencial de etanol de milho e novos programas do governo

Em uma conversa recente com o Money Times, a Trígono Capital, gestora especializa em small caps, falou sobre as ações que devem se beneficiar com o Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e o Combustível do Futuro. A gestora chamou atenção para São Martinho.

“A São Martinho tem um benefício indireto, que é a sustentação do açúcar pela maior demanda de cana-de-açúcar para produção de etanol e futuramente, o SAF. A empresa também investe em biometano, que vamos ter mandatos para mistura de biometano no gás natural, que começa em 2026 com 1% e aumenta gradualmente”, diz.

Segundo Pedro Resende, analista de renda variável da gestora, a São Martinho estuda duplicar a capacidade de etanol de milho, justamente para atender esse aumento de demanda que devemos ver no etanol anidro, que é misturado na gasolina.

Quanto a Jalles, a dinâmica é parecida com a da São Martinho, já que a companhia pode se beneficiar na redução de custos com o biometano e o etanol como combustíveis em máquinas. A empresa também vislumbra investir em etanol de milho e uma planta de biometano.

A top pick dos analistas

Em levantamento mensal com diferentes instituições financeiras para o mês de dezembro, apenas a Cosan entre as usinas contou com recomendações, com 3 indicações. A holding ficou atrás apenas de Klabin (4), Suzano (7) e JBS (13)

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 24 instituições. Para dezembro, foram indicadas 70 ações, somando 241 recomendações.

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