Ex-ministro do TSE poderá defender Jair Renan Bolsonaro em processo de cassação

Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ser convidado pelo Partido Liberal (PL) de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, para defender vereadores do partido em uma ação que pode resultar na cassação de seis parlamentares, incluindo Jair Renan Bolsonaro, o filho zero quatro do ex-presidente.

Jair Renan foi o vereador mais votado da cidade, com 3.033 votos, e é um dos alvos do pedido de cassação, junto com outros cinco vereadores. A Justiça Eleitoral de Santa Catarina estabeleceu um prazo de cinco dias para que o PL e os vereadores apresentassem sua defesa.

A ação, movida por uma coligação de partidos de esquerda, acusa o PL de fraude nas cotas de gênero nas eleições de 2024, afirmando que quatro das oito candidatas mulheres do partido eram fictícias, criadas apenas para cumprir a exigência de 30% de candidaturas femininas. Além disso, a ação destaca que as candidatas receberam menos recursos do que os candidatos masculinos e não alcançaram 100 votos. A Justiça Eleitoral deu um prazo de cinco dias para a defesa.

Gonzaga, que tem uma relação estreita com a família Bolsonaro, já defende Jair Renan em outro processo no Distrito Federal, que envolve acusações de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Na prática, as siglas PT, PCdoB, PSOL, Rede e Solidariedade argumentam que o PL fez uso de mulheres como “laranjas” para garantir os cargos que seriam ocupados por homens.

Admar Gonzaga passou a advogar para Bolsonaro logo após deixar o TSE, em 2019. Ele defende o ex-presidente em vários processos e participou dos esforços frustrados para a criação do Aliança pelo Brasil, o partido que o ex-presidente tentou montar em 2019.

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