Airbnb lida com regulamentações de aluguel para expandir operação em diversos continentes

O Airbnb tem como objetivo nada menos que a dominação global no mercado de aluguéis. Em teleconferência de resultados neste ano, seu cofundador e CEO, Brian Chesky, mapeou o que ele vê como os maiores mercados de expansão da gigante de aluguel de curto prazo: México e Brasil nas Américas; na Ásia, Japão, Índia, Coreia do Sul e China, para residentes chineses que desejam viajar para fora do país; e Alemanha, Itália e Espanha na Europa, onde já se encontra numa posição privilegiada.

O que está conectando esses países dispersos? Dave Stephenson, diretor de negócios do Airbnb, disse ao Business Insider que todos eles são lugares onde a pegada da empresa é pequena em comparação com a quantidade de dinheiro que as pessoas gastam em viagens para lá. A empresa está trabalhando em maneiras de “aparecer localmente relevante”, diz ele, “para que as pessoas pensem por que é melhor viajar no Airbnb”.

Stephenson afirma que o Airbnb, apesar do reconhecimento do nome, tem uma pegada menor do que os hotéis. A empresa diz ter 8 milhões de listagens ativas globalmente, em comparação com cerca de 17 milhões de quartos de hotel. O Airbnb pretende fechar essa lacuna, continente por continente. O Airbnb está buscando novos locais nm momento em que cidades ao redor do mundo estão reprimindo a empresa e outras plataformas de aluguel de curto prazo, em grande parte em resposta a reclamações de que os aluguéis de curto prazo atraem turistas (geralmente indisciplinados) e deslocam moradores locais.

Barcelona, ​​que tem cerca de 20.000 listagens do Airbnb, disse que proibirá todos os aluguéis de curto prazo até 2028. Málaga deixará de emitir novas autorizações de aluguel de curto prazo em dezenas de bairros. Nova York promulgou uma lei em 2023 que eliminou quase todos os aluguéis desse tipo do mapa. Outras cidades, como Londres e Paris, têm imposto limites rígidos ao número de noites por ano em que uma propriedade pode ser listada para aluguel como esse.
Dor de cabeça e regulamentações

Quando o Airbnb era novo e estava crescendo rapidamente na década de 2010, havia pouca regulamentação sobre aluguéis de curto prazo. Mas as reclamações aumentaram ao longo dos anos. Os moradores relataram que os inquilinos que usam esse tipo de serviço frequentemente faziam festas que traziam lixo, barulho e caos geral para prédios e bairros, mesmo depois que a empresa proibiu os hóspedes de realizarem grandes confraternizações.

Os moradores também culparam os aluguéis por aumentar os preços dos imóveis. Um relatório da cidade de Nova York descobriu que, entre 2009 e 2016, 9,2% do aumento nas taxas de aluguel pode estar vinculado ao Airbnb. Neste ponto, dezenas de governos locais ao redor do mundo promulgaram leis que regulam os aluguéis de curto prazo. Isso dá aos lugares onde o Airbnb está procurando expandir sua operação o pode de analisar como a questão imobiliária está sendo resolvida.

Para o Airbnb, a regulamentação fragmentada ao redor do mundo é um problema e uma oportunidade. Se os aluguéis forem restringidos em Paris, a empresa pode procurar se expandir para cidades próximas ou áreas rurais da França, onde há menos regulamentações. Para o Airbnb, isso pode significar se mudar para novos países. A empresa deixou de operar na China em 2022, por exemplo. A companhia, que tinha 150 mil listagens de imóveis por aí, alegou “rígidas regulamentações”.

O Airbnb não se opõe às regras diretamente. Se as regulamentações estiverem em vigor antes da empresa se expandir para um novo mercado, isso pode tornar o processo mais simples para anfitriões e hóspedes e poupar o Airbnb de ter que mudar e apagar dezenas de milhares de listagens de sua plataforma de uma só vez após a aprovação de uma nova lei.

Segundo o Business Insider, o Airbnb ainda está resistindo ao que acredita serem regulamentações exageradas, como as da cidade de Nova York. E, apesar das regulamentações, o Airbnb está crescendo. Sua receita aumentou 10% ano a ano, e o número de reservas cresceu, junto com experiências, subiu 8% – e isso inclui atividades fornecidas por empresas locais e guias turísticos.

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