Gilson bate duro em Raquel e João em avaliação exclusiva de fim de ano para o blog

Por Gilson Machado*

O ano de 2024 poderia ter sido melhor para Pernambuco. Após encontrar o estado em completo abandono, é evidente a necessidade de mais velocidade na recuperação econômica. A situação se agravará com a reforma tributária irresponsável do Governo Federal, que prejudicará estados exportadores como Pernambuco, sobretudo no setor de commodities, ao impor o maior IVA do mundo.

Infelizmente, nossa capital apresenta os piores índices do Nordeste em comparação com outras capitais, reflexo da falta de eficiência das gestões da governadora Raquel Lyra (PSDB) e do prefeito João Campos (PSB), que não atendem às demandas mais urgentes da população nem de setores estratégicos, como o Turismo.

Durante o governo Bolsonaro, Pernambuco avançou significativamente no turismo. Graças ao nosso trabalho, navios de cruzeiro voltaram a Recife, com mais de R$ 40 milhões investidos na dragagem do Porto, uma obra essencial que foi concluída. Além disso, lideramos a construção de um terminal marítimo moderno em Maceió, em parceria com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. Agora, Recife precisa de um terminal de passageiros nos mesmos moldes, garantindo infraestrutura que atraia turistas, fortaleça o turismo no centro histórico e movimente a economia local.

Outro exemplo do abandono do turismo é Fernando de Noronha. O aeroporto da ilha está há mais de dois anos sem operar jatos, limitando o acesso de turistas e afetando a economia. A infraestrutura é precária: o saneamento básico continua insuficiente, e a matriz energética, baseada em óleo diesel, vai na contramão de práticas sustentáveis, comprometendo a imagem ambiental de Noronha.

Recife, por sua vez, enfrenta abandono principalmente no centro urbano. A desorganização e infraestrutura precária dificultam a mobilidade, prejudicam a qualidade de vida e afastam turistas. O trânsito caótico e a insegurança são reflexos de uma gestão que não entregou o prometido.

A governadora Raquel Lyra também não tem mostrado a agilidade necessária. Pernambuco segue estagnado em áreas como segurança, infraestrutura e turismo. As promessas de melhoria foram poucas vezes cumpridas, e o estado está longe de competir com outros grandes destinos turísticos do Brasil.

Como ex-ministro do Turismo e Cultura, acredito que Pernambuco precisa de gestão eficiente, com resultados concretos e soluções rápidas. O setor de turismo, em especial, é um motor para geração de emprego e renda, mas exige planejamento e compromisso. Escândalos envolvendo a gestão municipal, investigados pelo TCE, mostram a falta de transparência e responsabilidade, enquanto boa parte da imprensa silencia.

Para 2025, é essencial que as gestões estadual e municipal priorizem os desafios reais: melhorar o trânsito, a segurança e estruturar o turismo para que Pernambuco alcance seu verdadeiro potencial. O estado precisa de lideranças capazes de implementar projetos ambiciosos e atender às necessidades da população. O futuro de Recife e Pernambuco depende de mudanças claras e eficientes para retomar o crescimento e garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

*Ex-ministro do Turismo

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