Human Rights Watch acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza

Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de Israel anuncia a possiblidade de um cessar-fogo com o grupo islâmico Hamas, estratégia do governo sionista para aliviar sua imagem junto a comunidade internacional, a Human Rights Watch (HRW), uma organização de defesa dos direitos humanos, afirmou nesta quinta (19) que Israel matou milhares de palestinos na Faixa de Gaza ao privar o acesso a água potável. 

Segundo um relatório da organização, a privação se configura legalmente como atos de genocídio e extermínio, informou a agência de notícias Reuters.

“Essa política, imposta como parte de um massacre de civis palestinos em Gaza, significa que as autoridades israelenses cometeram crime de extermínio contra a humanidade, que continua em andamento. Essa política também configura um ‘ato de genocídio’ sob a Convenção sobre Genocídio de 1948”, afirmou o HRW em seu relatório.

A campanha de Israel no território palestino matou mais de 45 mil pessoas, deslocou a maior parte da população de 2,3 milhões de pessoas em Gaza e reduziu grande parte do local a escombros. 

Segundo a agência, o relatório cita declarações de alguns altos funcionários israelenses que, segundo o HRW, sugerem que eles “desejam destruir os palestinos”, o que significa que a privação de água “pode configurar o crime de genocídio”.

“O que encontramos é que o governo israelense está matando intencionalmente palestinos em Gaza ao negar-lhes a água necessária para sobreviver”, disse Lama Fakih, diretora do HRW para o Oriente Médio, durante uma coletiva de imprensa.

O Human Rights Watch é o segundo grande grupo de direitos humanos em um mês a usar a palavra genocídio para descrever as ações de Israel em Gaza. Antes, o Amnesty International publicou um relatório concluindo que Israel está cometendo genocídio no território palestino.

O relatório de 184 páginas do Human Rights Watch afirmou que o governo israelense parou de bombear água para Gaza, cortou a eletricidade e restringiu o combustível, o que impediu o uso das próprias instalações de água e saneamento do território.

Como resultado, os palestinos em Gaza passaram a ter acesso a apenas alguns litros de água por dia em muitas áreas, bem abaixo do limite de 15 litros necessários para a sobrevivência, afirmou a organização.

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