Possibilidade de fusão entre PSDB e Podemos morre de vez, e tucanos correm atrás de outras alternativas

A fusão entre PSDB e Podemos, que nem chegou a nascer, já morreu. Não faz muito tempo que alguns sinais por parte das duas legendas já davam conta de que a aliança, cuja possibilidade foi tida com entusiasmo no início das negociações, não prosperaria. Um dos principais motivos que levaram a coisa a desandar de vez teria sido, justamente, a disputa pelo comando do novo partido.

Nesta semana, o presidente do Podemos em Goiás, deputado federal Glaustin da Fokus, em entrevista ao Jornal Opção, garantiu que a fusão não seria concretizada. “Marconi Perillo sempre disse que a fusão já estava completamente organizada’, e eu sempre disse que não, que não tem nada organizado”, afirmou Glaustin da Fokus. “Não vai acontecer essa fusão. E, de fato, as coisas estão se afunilando para não haver fusão”, disse.

Mesmo sendo o dirigente estadual da legenda, Glaustin sempre se posicionou contra a fusão e a afirmação poderia ser lida mais como uma avaliação do que como um fato concretizado. No entanto, uma liderança de destaca do Podemos de São Paulo disse, sob reserva, à reportagem na última quinta-feira, 12, que ouviu da própria presidente nacional do partido, Renata Abreu, que não haveria fusão.

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O fator decisivo teria sido, ainda conforme a liderança, a briga pelo comando do partido que nasceria a partir da junção do PSDB e Podemos. Mesmo estando consideravelmente menor que o Podemos em termos de números, os tucanos – liderados pelo ex-governador Marconi Perillo – teriam proposto um modelo alternado de governança, em que cada legenda ficaria 6 meses na presidência do novo partido.

O retrato foi o de uma sigla quase nanica querendo puxar a carruagem como se fossem a tropa inteira, mas que mal enchiam um carro de boi. Vale lembrar: são 15 deputados federais do Podemos contra 13 do PSDB. No Senado, são quatro parlamentares da legenda liderada por Renata Abreu contra três do partido de Marconi Perillo. E mesmo assim, o PSDB teria colocado na mesa de negociação a proporção de governança do novo partido, fruto da “fusão”, de 60×40 para os tucanos. O Podemos, claro, não titubeou em propor 55×45 para eles.

Na convenção tucana de 5 de junho, Marconi Perillo parecia já conformado com a situação. O próprio chegou a dizer que o evento tinha como objetivo autorizar fusão, federação ou incorporação, deixando explícito que não havia nenhum acordo fechado com qualquer partido que fosse.

Agora, conforme apurado pela reportagem, o PSDB teria aberto diálogos com o Republicanos. Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, 13, novos contatos para formar uma federação com Republicanos, MDB e Solidariedade já foram feitos. “Vamos buscar novas alternativas”, disse o deputado federal Aécio Neves, que, ainda segundo a Folha, já ouviu de Renata Abreu que a possibilidade de fusão com o Podemos está morta.

Contudo, conforme uma liderança do Republicanos de Goiás, próxima do presidente Marcos Pereira, as conversas entre tucanos e republicanos realmente existiram, mas não mais. “Hoje a conversa para uma aliança é zero. Não tem mais isso”.

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