Empresários, ex-sócios de empresas do ramo armamentista e pessoas físicas ligadas à revenda e transporte de armas entraram na mira da Polícia Federal (PF) suspeitos de abastecer o comércio ilegal de armas de fogo em território nacional. A corporação, com o auxílio do Exército e da Receita Federal, cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos e armamentos em endereços ligados aos investigados. As investigações, segundo a PF, tiveram início em 24 de julho de 2024, após a prisão em flagrante de um homem transportando armamento pesado em Goiânia, com destino ao Rio de Janeiro.
A partir do flagrante, a corporação identificou conexões com empresas do setor armamentista — incluindo revendedoras e importadoras — suspeitas de fraudar os sistemas de controle de armas (SINARM e SIGMA), com o intuito de ocultar a origem e o destino de armamentos desviados para o mercado ilegal.
Há indícios de que, mesmo com armas apreendidas sob custódia policial, os investigados continuavam movimentando os registros nos sistemas da PF, transferindo os armamentos para empresas investigadas com o objetivo de regularizar estoques em caso de fiscalização. A apuração identificou ainda que os sócios dessas empresas não possuíam lastro patrimonial compatível com os armamentos registrados, sendo alguns deles reincidentes criminais.
As condutas investigadas podem configurar comércio ilegal de armas de fogo e falsidade ideológica. As penas, se somadas, podem chegar a 21 anos de prisão.
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