Mais de 190 mil pessoas no ES sofrem com arritmia. Veja as principais causas

O Brasil é o 4º país mais estressado do mundo com 42% da população relatando essa condição, segundo o relatório global “World Mental Health Day 2024“, divulgado pelo Instituto Ipsos. Não é apenas a saúde mental que pode ser prejudicada pelo estresse, o ritmo do coração também pode sofrer impactos.Justamente o estresse, aliado aos maus hábitos de vida, tem sido um dos motivos para que mais jovens, acima dos 25 anos, apresentem arritmia cardíaca, segundo especialistas. A doença tem prevalência de 1,5% a 5% da população, que no Espírito Santo representaria 191.685 pessoas.

Cirurgião cardiovascular Melchior Luiz Lima também alerta para o risco das pessoas apresentarem hipertensão e infarto

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Fábio Nunes/AT

“Hoje em dia está todo mundo muito estressado e ansioso. Com a correria das grandes cidades, as pessoas estão sendo pressionadas, e isso está aumentando, não só arritmias, mas também hipertensão e infarto”, destacou o cirurgião cardiovascular Melchior Luiz Lima.O médico explica que existem as arritmias benignas e as malignas, sendo que a maior parte são benignas, em que há apenas uma aceleração do coração.“Existem já aquelas que podem causar problemas, sendo a mais frequente na população a fibrilação atrial, em que os átrios, em movimentos desorganizados, levam ao surgimento de trombos dentro da cavidade atrial, podendo ocasionar tromboembolismo. Caso esse trombo vá para o cérebro, pode ocasionar um AVC”. O cardiologista Lucas Frizzera, do Centrocor e Rede Meridional, pontuou que as arritmias aumentam de incidência com a evolução da idade e com a presença de comorbidades como hipertensão, diabetes, etilismo, tabagismo, valvopatias e doenças cardíacas estruturais e genéticas.O cardiologista Diogo Barreto aponta que aumento da prevalência da arritmia em adultos jovens está relacionado também à obesidade e à apneia do sono. “Em jovens, as arritmias, geralmente, dão sintomas como palpitação, desmaio e tonteira. Em idosos, pode passar mais despercebido, podendo ser confundida com outra queixa”.Eduardo Saad, doutor PhD em Cardiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em arritmia e eletrofisiologia, destaca que hoje as pessoas procuram fazer mais check-ups e recorrem a tecnologias, como relógios e dispositivos, para realizar o monitoramento e ter mais diagnósticos.“A projeção é que em 50 anos esses casos dobrem de ocorrência. É um crescimento real”.

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