WeWork é (novamente) alvo de ação de despejo em imóvel na Faria Lima

A WeWork soma mais uma ação de despejo na conta: a HBR Realty, desenvolvedora e gestora de ativos imobiliários. Em comunicado enviado ao mercado nesta nesta terça-feira, 3, a empresa pede a saída da WeWork de um imóvel na Faria Lima, chamado HBR Corporate Faria Lima, na capital paulista. O motivo? Inadimplência.

Segundo a companhia, diversas notificações foram enviadas à inquilina solicitando o imediato pagamento dos alugueis em atraso. Diante da ausência da regularização até o encerramento dos prazos estabelecidos, a companhia protocolou a ação de despejo.

“No momento, outros detalhes contratuais e do processo não serão comentados pela companhia, que está seguindo os termos do contrato de locação vigente. Qualquer atualização será transmitida por meio de novos comunicados ao mercado”, informou a HBR.

O caso não é isolado. Há pouco mais de uma semana, a EXAME noticiou que a Rio Bravo entrou com uma ação contra a empresa que devia três meses de aluguel em um imóvel da Rua Girassol, na Vila Madalena.

A companhia vem enfrentando dificuldades financeiras para honrar com os compromissos com os locatários e já tem ao menos cinco ações de despejos correndo em primeira instância no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Para fundos de investimentos imobiliários, a WeWork deve alugueis para ao menos seis. Já de proprietários diretos, além da HBR, a companhia recebeu uma ordem de despejo do icônico edifício na Avenida Paulista, o Grande Ufficiale Evaristo Comolatti, em agosto, com uma dívida de R$ 4 milhões.

Criada nos Estados Unidos, a WeWork chegou a ser a principal tomadora de imóveis em Nova York e Londres, além de estar presente em 40 países com mais de 700 unidades. Em São Paulo, a empresa também tem uma forte presença.

Segundo um estudo da plataforma Market Analytics, da SiiLA, caso a WeWork devolvesse todos os imóveis na capital paulista, a taxa de vacância dos escritórios na cidade poderia crescer 1,45 p.p. (ponto percentual), elevando a vacância geral para 23,39%.

Procurada, a WeWork, afirmou que “desconhece qualquer notificação de despejo e segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil.”

“Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade e a negociação em andamento não altera nosso compromisso de prestar o excelente serviço que eles esperam”

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