A cúpula estadual do PL decidiu não recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que reverteu a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado e do prefeito Sandro Mabel, e a cassação desse segundo. Tanto Caiado quanto Mabel haviam sido alvos de uma sentença cuja ação foi movida pelo partido de Jair Bolsonaro. Ao recuarem da tentativa de levar ação adiante, os dirigente do PL podem estar sinalizando não um interesse de composição propriamente dito, mas uma “trégua” dentro da direita goiana.
No último dia 8 de abril, o TR-GO acatou um recurso movido pelas defesas de Ronaldo Caiado e Sandro Mabel e afastou a inelegibilidade imposta a eles por uma sentença da juíza Maria Umbelina Zorzetti. A magistrada havia acatado o argumento do PL de que houve apoio indevido à campanha do então candidato Mabel no 2º turno das eleições municipais, ocasião em que Caiado promoveu duas reuniões com vereadores eleitos e suplentes no Palácio das Esmeraldas.
O TRE-GO considerou, no entanto, que os encontros foram pontuais, de natureza episódica e não atingiram a gravidade exigida para penas de cassação e inelegibilidade. Na avaliação do colegiado houve, entretanto, apenas conduta vedada ao artigo 73 da Lei 9.504, de gravidade moderada e passível de multa.
Após a decisão do Tribunal, membros do PL anunciaram que ofereceriam recurso para tentar retomar os efeitos da sentença. Contudo, a cúpula bolsonarista, agora, teria decidido deixar para lá.
A iniciativa pode ser lida como um “sinal de paz” da base bolsonarista regional em relação à base governista. Mas ainda não representa, pelo menos por enquanto, um indício de tentativa de aproximação. Mas como dito: por enquanto. (T.P.)
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