Pâmela ficou alguns momentos com o seu bebê, Ravi.
| Foto:
Acervo Pessoal
Rilles complementa que essa escolha foi dada devido ao risco à vida dela ser grande. Para continuar com a gravidez, teve que interromper o tratamento oncológico. “Devido ao câncer, disseram que ela nunca poderia ter filhos. Mas o Senhor a agraciou e minha esposa teve o milagre dela: o nosso pequeno Ravi. Eu tenho muito orgulho dela”, completa. A história da família ficou nacionalmente conhecida pela força da mãe. Pâmela deu à luz Ravi com sucesso. O bebê nasceu com 1,2 quilo na 28ª semana de gestação. Segundo Carolina Prest Ferrugini, obstetra e chefe da Unidade Materno-Infantil do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em entrevista anterior para a reportagem de A Tribuna, Pâmela tinha um glioblastoma multiforme (GBM), um tumor cerebral considerado o mais agressivo entre os gliomas.“Trata-se de uma doença rara, o que, por si, torna o caso especial. Além disso, a gravidez fazendo tratamento com radio e quimioterapia não é comum. E também porque, apesar do prognóstico restrito, ela resistiu tempo suficiente para levar a gravidez até uma idade gestacional que viabilizava a vida do bebê. Temíamos que ela não resistisse ao parto”.Rilles conta que o câncer de Pâmela se agravou devido à gestação e que a esposa nunca conseguiu ver o filho, porque a doença já havia tomado sua visão. Ela apenas tocava o bebê. “Ela amava o Ravi”. Antes de morrer, ela estava internada em uma clínica de paliatividade, na Serra.