Deputada Lêda Borges pode trocar o PSDB pelo PDT de Flávia Morais

Especula-se no mercado persa da política que a deputada federal Flávia Morais, com receio de não obter quociente eleitoral para se reeleger em 2026 — daqui a um ano e seis meses —, pode trocar o PDT do ministro Carlos Lupi pelo pP do deputado federal Adriano do Baldy ou pelo Republicanos do deputado federal Marcos Pereira.

Há muitos anos militando no PDT, Flávia Morais não gostaria de deixá-lo. A parlamentar é uma figura expressiva do partido em Brasília e em termos nacionais. É respeitada pela cúpula e é vista como uma articuladora hábil.

Porém, todo político é, acima de tudo, realista. Por isso, se perceber que não terá quociente eleitoral, Flávia Morais pode mesmo trocar o PDT por outro partido (conta-se que o União Brasil também está de olho grande no seu passe).

Flávia Morais: deputada federal pelo PDT | Foto: Câmara dos Deputados

Há um detalhe divergente, que sugere que Flávia Morais ainda estaria disposta a permanecer no PDT. A deputada estaria operando para conquistar o passe de pelo menos uma parlamentar, Lêda Borges.

Lêda Borges é filiada ao PSDB, mas, para não cair na mesma cova do partido, deve trocá-lo, assim que for oficializada a janela partidária. Ela é cotada para se filiar ao União Brasil. Entretanto, dado o contencioso com a deputada Zeli Fritsche, do União Brasil, pode acabar se filiando a outro partido da base governista, como o PDT de Flávia Morais.

Há um aspecto que, como realista, Lêda Borges vai observar com atenção. Se o PDT lançar apenas duas candidatas competitivas — Flávia Morais e Lêda Borges —, a tendência é que eleja apenas uma. Ou seja, Flávia Morais.

Por isso, é claro, Lêda Borges não quer servir de escada para Flávia Morais. Mas, se a deputada do PDT conseguir montar uma chapa mais competitiva, com mais dois ou três nomes relativamente consistentes, aí a tucana poderá se filiar.

O momento é mais de conversas do que de definições. Até porque, se sair do PSDB agora, Lêda Borges terá o mandato questionado na Justiça pelo ex-governador Marconi Perillo. Na semana passada, um tucano disse a um repórter do Jornal Opção: “Nós, do PSDB, consideramos Lêda como uma ‘traidora’ política. Se ela sair fora da janela partidária, vamos tomar-lhe o mandato e repassá-lo para o suplente Matheus Ribeiro”.

Se Flávia Morais sair do PDT, contrariando os pedidos de Carlos Lupi para que fique, seu marido, o deputado George Morais, continuará na presidência estadual da legenda em Goiás. O ministro da Previdência Social tem apreço pelos Morais, sobretudo por Flávia Morais, que é considerada leal tanto a ele quanto ao partido. (E.F.B.)

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