O que se sabe sobre o caso da adolescente encontrada morta após desaparecer em SP

Vitória Regina Sousa tinha 17 anos e desapareceu próxima da casa onde vivia com a família

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Reprodução/Redes sociais

Uma semana depois do desaparecimento, a polícia localizou, nessa quarta-feira (05), o corpo de Vitória Regina Sousa, de 17 anos. A adolescente sumiu no dia 26 de fevereiro, após sair do shopping em que trabalhava, em Cajamar, São Paulo, para voltar para casa.Segundo informações apuradas pelo portal Band Jornalismo, Vitória foi encontrada morta, nua, degolada e com o cabelo raspado em uma área de mata. O corpo foi identificado após familiares reconhecerem duas tatuagens (uma na perna e uma no braço) e um piercing que batem com as características da jovem.O corpo estava em avançado estado de decomposição e foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado. Segundo peritos, ela foi morta com uma facada no tórax após sofrer diversas torturas e o corpo estava no local há cerca de quatro dias.Ao programa Brasil Urgente, da Band, o delegado responsável pelo caso afirmou que acredita que, devido à “crueldade” e ao local de difícil acesso onde o corpo foi localizado, uma área de mata fechada, o crime deve ter sido cometido por mais de uma pessoa. A polícia também acredita que a adolescente tenha sido morta em outro local e levada morta para a área onde foi encontrada. Justiça pede prisão de ex-companheiroNessa quinta-feira (06), a Justiça de São Paulo acatou o pedido da polícia e decretou a prisão de um ex-namorado de Vitória. Em nota enviada à Band, a Secretaria de Segurança Pública informou que diligências estão em andamento para cumprir o mandado de prisão — até a publicação desta reportagem, ele era considerado foragido.Desaparecimento de VitóriaA adolescente foi vista pela última vez na noite de 26 de fevereiro, quando saiu do shopping onde trabalhava e caminhou em direção a um ponto de ônibus. Imagens de segurança registraram o trajeto e apontaram que Vitória foi seguida por dois homens. Um deles subiu no mesmo ônibus que ela.Segundo testemunhas, havia outro veículo no ponto de ônibus em que Vitória desceu a caminho de casa. A adolescente embarcou no coletivo e enviou mensagens por um aplicativo de celular para uma amiga, dizendo que tinha desconfiado da atitude dos homens: • “Tem uns dois meninos aqui do meu lado”.• “Tô com medo”.• “Um ficou e o outro pegou o mesmo ônibus”.• “Ah, amiga, mas tá de boa. Eles tavam no ônibus, só que nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Então tá de ‘boaça’. Não tem problema nenhum”.Em seguida, segundo depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha em uma estrada de terra do bairro Ponunduva, região de chácaras onde vive com a família. Momentos antes de desaparecer, Vitória enviou áudios chorando para uma amiga, relatando que havia sido assediada por dois homens que passaram por ela em um carro:• “Passou os cara no carro e eles falou: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles”.• “Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh… saiu até lágrima dos meus zóio agora. Nossa, até me arrepiei”.• “A hora que eles passaram lá do outro lado e falaram, ‘aê, vida’… aí eles voltou, fio, pra quê… falei: pronto, esses menino vai voltar aqui. Mas aí eles entraram ali na favela”.• “Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada”.Depois, a jovem não se comunicou com mais ninguém e desapareceu.

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