Lula diz que pode ser candidato em 2026, mas que ‘ainda é muito cedo para pensar em eleição’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que pode ser candidato à reeleição em 2026, mas que ainda é cedo para tomar a decisão. Em entrevista, ele afirmou que precisará conversar com os partidos e considerar condições de saúde para tomar a decisão.

— É muito cedo para falar em eleição de 2026. Se eu vou ser candidato ou não, tem uma discussão com muitos partidos políticos, com a sociedade brasileira. Eu tenho 79 anos, tenho que ter consciência comigo mesmo, não posso mentir para ninguém, muito menos para mim. Se eu tiver com 100% de saúde, com a energia que eu tenho hoje, inclusive de cabeça limpa… Então é esse país que a gente vai discutir em 2026. Se eu estiver legal e achar que posso ser candidato, eu posso ser candidato, mas não é a minha prioridade agora. As informações são do Jornal O Globo.

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Nova relação com o Congresso
Lula também afirmou que novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vão ajudar “muito” o governo a aprovar a agenda que o Palácio do Planalto considera prioritária para 2025.

— Sou agradecido ao Congresso, ao Rodrigo Pacheco e ao Arthur Lira. E os dois novos presidentes, Motta e Alcolumbre, vão me ajudar muito a colocar as necessidades do povo brasileiro para votar — disse Lula à Rádio Clube do Pará.

Ele deu uma nova entrevista a uma rádio nesta sexta-feira, dois dias após criticar o Ibama pela falta de aval para as pesquisas que vão avaliar a exploração de petróleo na Margem Equatorial. No início da entrevista, Lula afirmou que a economia do país seguirá crescendo em 2025.

— Nós vamos crescer 3,7% em 2024 (previsão do FMI). E vai crescer mais, porque as pessoas costumam analisar a macroeconomia, o pessoal do Copom, dos bancos. O que vale para mim na economia é a quantidade de dinheiro que está no bolso no povo pobre e esse dinheiro está crescendo. Nós vamos surpreender em 2025 e continuar crescendo — afirmou Lula à Rádio Clube do Pará.

Margem Equatorial
Em uma entrevista anterior, na quarta-feira, Lula criticou o Ibama pela falta de autorização para explorar petróleo na Foz do Amazonas. Lula defendeu a pesquisa na região e afirmou que o órgão ambiental “parece” atuar contra o governo.

— Não é que vou mandar explorar, eu quero que seja explorado. (…) O que não dá é ficar nesse lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo e está parecendo que é um órgão contra o governo — disse Lula em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá.

Após a declaração de Lula, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, rebateu as críticas, mas frisou que não foi diretamente pressionado por Lula:

—Se eu não gostasse de pressão, não estava fazendo o que eu faço. Eu preciso também ser justo. O presidente nunca me pressionou para isso, mas de tempos em tempos tem empreendimentos que são emblemáticos e a sociedade toda cobra uma resposta. Vejo isso com muita naturalidade — afirmou Agostinho ao GLOBO.

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