Sandro Mabel planeja reduzir gastos com maternidades e aterro sanitário

Em primeira sessão ordinária da nova legislatura da Câmara Municipal de Goiânia, realizada nesta terça-feira, 4, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) apresentou uma série de medidas e projetos que vão guiar sua gestão nos próximos meses. O chefe do Executivo goianiense discutiu temas como nomeações de cargos públicos, a gestão da taxa de lixo, questões relativas ao aterro sanitário e ajustes nos contratos com maternidades e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAC).

Redução de custos com a FUNDAC e maternidades

A gestão de contratos com a FUNDAC e a reestruturação das maternidades também foram mencionadas por Mabel. O prefeito informou que um dos objetivos de sua administração é reduzir os gastos com essas instituições, que considerou elevados.

Ele destacou que o contrato com a FUNDAC será reduzido em 40%, uma medida para otimizar o uso dos recursos públicos. “O contrato com a Fundac vai ser reduzido em 40%. Não faz sentido pagar 25 mil reais por parto, especialmente com hospitais ociosos”, afirmou.

Mabel também se referiu à situação da maternidade Dona Iris, destacando que o centro cirúrgico da unidade apresenta uma taxa de ociosidade de 83%. “A maternidade de Dona Iris tem 83% de ociosidade no centro cirúrgico. Não podemos continuar pagando valores tão altos para um serviço ocioso”, afirmou.

O prefeito anunciou que, para controlar os gastos e melhorar a eficiência, será realizada uma auditoria completa nos contratos e serviços prestados. “Vamos fazer uma auditoria completa e revisar esses custos. Não é justo gastar tanto dinheiro público dessa forma”, finalizou.

Aterro sanitário e soluções

O prefeito também abordou a situação do aterro sanitário de Goiânia, destacando o alto custo atual de manutenção e a necessidade de buscar soluções mais eficientes. Mabel informou que os custos mensais com o aterro, atualmente na casa dos 12 milhões de reais, não são sustentáveis e que sua gestão está buscando alternativas. “Não temos como pagar 12 milhões mensais para manter o aterro atual. Vamos investir em um aterro novo e mais eficiente”, explicou.

Ele também deixou claro que, ao invés de continuar com os pagamentos a empresas terceirizadas, a ideia é investir em uma solução própria, mais eficaz e econômica. “Prefiro pegar esses 12 milhões e investir na melhoria do aterro ao invés de pagar a empresas terceirizadas”, afirmou.

Além disso, Mabel se comprometeu a encontrar uma solução rápida para o problema, mencionando um prazo de um ano para resolver a situação. “Vamos encontrar uma solução em até um ano. Não vou esperar quatro anos para resolver esse problema”, concluiu.

Nomeações de cargos públicos

Durante a coletiva, Mabel detalhou os critérios para as nomeações em sua gestão, enfatizando a busca por qualificação técnica. O prefeito explicou que, embora haja espaço para indicações políticas, a experiência técnica é fundamental para a ocupação de cargos de responsabilidade. “O critério para nomeações é técnico. Por exemplo, o primo do Gustavo Mendanha, apesar de ser da família, tem muita experiência e vai nos ajudar”, afirmou.

Mabel também se referiu às indicações feitas pelos vereadores para ocupação de unidades de saúde. Ele esclareceu que, de sete nomes propostos, seis foram rejeitados devido à falta de qualificação técnica necessária. “Vereadores indicaram sete nomes para unidades de saúde, mas seis foram reprovados porque não atendiam aos requisitos técnicos. Não vou colocar qualquer um em cargos de responsabilidade”, afirmou.

O prefeito ainda foi enfático ao destacar que a falta de competência técnica resultará na substituição dos responsáveis. “Se a pessoa não tiver competência técnica, ela será substituída. Não tem conversa”, declarou.

Taxa de lixo e desoneração

Sobre a cobrança da taxa de lixo, o prefeito garantiu que há um esforço para reduzir o custo da taxa, que, segundo ele, não pode ultrapassar 300 milhões de reais por ano. “A taxa do lixo não pode custar mais que 300 milhões por ano. Se estava custando 1 bilhão, vamos corrigir isso e cobrar bem menos”, destacou.

Além disso, Mabel falou sobre a criação de um sistema mais justo para quem não tem condições de pagar a taxa integralmente. “Estamos trabalhando para desonerar aqueles que não podem pagar e criar um critério mais justo. Não é um subsídio, é um desconto para quem precisa”, afirmou, destacando o compromisso com a justiça fiscal e a diminuição do impacto financeiro sobre a população vulnerável.

Leia também Mabel já nomeou cinco ex-vereadores da última legislatura para secretarias e cargos;

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