Possibilidade de envolvimento de Bolsonaro nos atos golpistas em 8/1 triplica para eleitores conservadores

A pesquisa mais recente do instituto Quaest, divulgada nesta segunda-feira, 6, mostra que, entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), cresceu significativamente o número de pessoas que acreditam na influência do ex-presidente nos atos de 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão das sedes dos Três Poderes. Em contraste, entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma diminuição no reconhecimento dessa participação.

De acordo com os dados, 37% dos eleitores de Bolsonaro em 2022 agora afirmam que o ex-presidente teve algum papel nos acontecimentos de 8/1, uma alta considerável em comparação aos 13% registrados no ano passado. Contudo, a maioria dos seus apoiadores ainda acredita que Bolsonaro não esteve envolvido, embora essa visão tenha se enfraquecido. O percentual de eleitores bolsonaristas que negam a participação do ex-presidente caiu de 80% para 55%.

Entre os eleitores de Lula, a percepção sobre o envolvimento de Bolsonaro também apresentou uma mudança importante. Se em fevereiro de 2023, 79% acreditavam em sua participação, esse número diminuiu para 60% em dezembro. Ao mesmo tempo, o número de lulistas que negam qualquer envolvimento de Bolsonaro subiu de 11% para 29%, representando um aumento de 18 pontos percentuais no período.

De maneira geral, 50% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro teve influência no episódio, enquanto 39% o consideram inocente. Esse cenário é uma inversão em relação ao que foi registrado em dezembro de 2023, quando 47% dos entrevistados acreditavam na participação de Bolsonaro, e 43% o eximiam de responsabilidade.

Outro dado importante da pesquisa é a desaprovação em relação aos atos de 8 de janeiro. Embora o percentual de reprovação continue elevado, houve uma diminuição em comparação com o ano passado. Atualmente, 86% dos entrevistados desaprovam a invasão, uma queda de 8 pontos em relação aos 94% registrados em fevereiro de 2023. O apoio aos atos, embora baixo, também aumentou ligeiramente, passando de 4% para 7%, e o número de indecisos subiu de 2% para 7%.

Entre os eleitores de Bolsonaro, a desaprovação aos atos permanece alta, mas também apresenta uma leve queda. O percentual de bolsonaristas que desaprovam a invasão foi de 90% logo após os episódios, mas agora está em 85%. Entre os apoiadores de Lula, o índice de reprovação é de 88%, o que representa uma redução em relação aos 94% registrados no final de 2023 e aos 97% de fevereiro do mesmo ano.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 9 de dezembro de 2023, com 8.598 entrevistas, e apresenta uma margem de erro de 1 ponto percentual, com um nível de confiança de 95%.

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