Desemprego vai a 6,5% no trimestre, mas registra menor valor na série histórica do IBGE

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quinta (27) pelo IBGE revelam que a taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro. O número indica aumento sazonal de 0,3% em comparação ao trimestre que vai de agosto a outubro de 2024 (6,2%). Considerando trimestres móveis, ainda é visto o aumento em comparação com o período de setembro a novembro (6,1%).

Os números mostram uma boa notícia para o governo, pois a taxa de desemprego se mantém estável. Mesmo considerando o aumento nos três meses até janeiro esta é a menor taxa para este trimestre na série histórica do Instituto, que foi iniciada em 2012, igualando o mesmo bom resultado visto em 2014.

Observação relevante é que analistas de mercado esperam um valor até mesmo superior ao que veio, de 6,6%.

Outro dado pertinente é que este leve aumento era esperado pela quantidade de desligamentos de trabalhadores sazonais neste início do ano. Estes foram contratados apenas para ocupar as vagas do mercado aquecido pelas festividades de final de ano.

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No que diz respeito a renda real do brasileiro, o valor chegou a R$ 3.343 no trimestre de novembro a janeiro, com aumento de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2024, o crescimento alcança 3,7%.

Conforme a PNAD, são 7,2 milhões que buscam um emprego no país de novembro a janeiro: “Frente ao trimestre móvel anterior (agosto a outubro), houve aumento de 5,3%, o que corresponde a mais 364 mil indivíduos sem ocupação. Por outro lado, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,3 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 13,1%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho”, aponta o IBGE.

Já a quantidade de pessoas ocupadas era de 103,0 milhões no final de janeiro, o que significa uma diminuição de 0,6% – menos 641 mil pessoas em relação ao trimestre anterior: “Comparando com novembro de 2023 a janeiro de 2024, quando havia no Brasil 100,6 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas).”

Subutilização

O IBGE ainda traz dados sobre a taxa de subutilização da força de trabalho, registrada em 15,5% e estável em relação ao trimestre anterior 15,4%. Para o instituto este é o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada.

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Para William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, “o resultado mostra que o aumento dos desocupados foi compensado pela redução do estoque de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, que diminuiu 8,3%.”

 Caged

Na última quarta (26), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Foi revelado que em janeiro foram criadas 137.303 vagas com carteira assinada no Brasil. O número representa o melhor resultado dos últimos três meses e reflete a diferença entre 2,27 milhões de admissões e 2,13 milhões de desligamentos no período.

Diferente da PNAD que dá um parecer amplo sobre a taxa de desocupação no país, o Caged trata dos trabalhadores regidos pela CLT, mas os dois dados servem para uma análise geral sobre o mercado de trabalho.

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