A vereadora de Goiânia Aava Santiago (PSDB) classificou como “vingança” a exoneração em massa promovida pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade). Aava foi a única parlamentar que falou sobre o ato na tribuna da Câmara de Goiânia. Rogério exonerou quase 2 mil comissionados da Prefeitura na manhã desta terça-feira, 8. A exoneração foi revogada no fim da tarde do mesmo dia.
Para Aava Santiago, o dia é marcante. A vereadora afirmou: “O prefeito exonerou, por vingança, duas mil pessoas que estão na ponta dos serviços básicos. Hoje, em Goiânia, você não pode nem nascer nem morrer, porque não tem funcionários na maternidade nem no cemitério”. Aava Santiago afirma que a exoneração é certamente é uma retaliação aos políticos que indicaram funcionários comissionados na estrutura da Prefeitura. “Todos que estiveram com Rogério durante seu mandato pularam do barco na hora da eleição”, afirmou.
Segundo Aava Santiago, pode haver um sentimento de “injustiça” por parte do prefeito. “Pode haver, por parte dele, o sentimento de que foi injustiçado, ou abandonado, ou traído pelas pessoas que ele ajudou. Agora, em seu ponto de vista, pode ser a hora de uma resposta. Mas é a cidade que paga por tudo isso”, completou.
Exoneração e revogação
Na manhã desta terça-feira, 8, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou mais de 1.900 servidores comissionados na manhã desta terça-feira, 8. Após desempenho abaixo do esperado no 1° turno das eleições municipais (que aconteceu no domingo, 6), o atual gestor publicou no Diário Oficial do Município a exoneração de 1.952 servidores.
Foram demitidos, sem nenhum tipo de aviso prévio, técnicos, assessores, indicações, supervisores e até secretários. Entre as indicações políticas, os servidores que conquistaram sua vaga por mérito, e os apoiadores que balançavam bandeiras com o rosto de Cruz na sexta-feira anterior ao pleito, todos foram mandados para rua após os catastróficos 3,14% dos votos conquistados no domingo.
Já na tarde do mesmo dia, a Prefeitura publicou a revogação da exoneração dos servidores comissionados. A decisão ocorre após repercussão negativa e suspensão de serviços e atendimentos essenciais, em especial na área da saúde, conforme mostrou o Jornal Opção.
A exoneração dos servidores comissionados pegou os vereadores e até o secretário de Governo, Jovair Arantes, de surpresa. Os parlamentares chegaram a ir ao Paço em busca de mais informações, mas não encontraram o prefeito no local. No Paço, os parlamentares se reuniram com Jovair Arantes, secretário de Governo, e o chefe de gabinete José Firmino, mas ambos não sabiam das exonerações.
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