A deputada federal bolsonarista, Carla Zambelli (PL-SP) pode ser presa nas próximas horas, na Itália, para onde fugiu recentemente após ser condenada por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. A possibilidade de prisão é admitida pelo próprio advogado da parlamentar.
“Existe grande probabilidade de ela ser presa, isso pode acontecer a qualquer momento”, afirmou Fábio Pagnozzi, responsável pela defesa da parlamentar, ao jornal Folha de S. Paulo. Ainda assim, disse estar buscando um habeas corpus.
Conforme informou o G1, a Polícia Federal já sabe a localização da bolsonarista e, segundo o embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, as autoridades locais já receberam o pedido de extradição, formalizado nesta quinta-feira (12).
Também nesta quinta-feira (12), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) encaminhou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa a ordem do STF para a cassação da parlamentar.
A medida abre caminho para que o plenário da Casa se pronuncie sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de declarar a perda do mandato da deputada.
Por ora, Zambelli encontra-se licenciada do cargo. Conforme regimento da Câmara, ela terá o prazo de até cinco sessões do colegiado para apresentar a sua defesa. Após a análise do pedido na CCJ, o parecer será levado para votação em plenário.
Dando cumprimento à ordem do STF, o pagamento de verbas à deputada também foi bloqueado nesta semana, assim como suas contas e ativos financeiros.
Condenação
No dia 16 de maio, Carla Zambelli foi condenada, de maneira unânime, pela Primeira Turma do STF pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assim como o hacker Walter Delgatti. Os crimes praticados foram configurados como invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
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A pena fixada para Zambelli foi de 10 anos de prisão em regime inicial fechado e multa no valor de dois mil salários mínimos. Já Delgatti teve a pena estabelecida em oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, e multa de 480 salários-mínimos.
Poucos dias depois, no início de junho, a bolsonarista fugiu do país. Após passar pelos Estados Unidos, Zambelli foi para a Itália. Por ter cidadania no país europeu, ela acreditava que poderia se livrar da pena.
No sábado (7), Alexandre de Moraes determinou que Zambelli começasse a cumprir a pena de forma definitiva e o nome da deputada foi incluído na lista vermelha de procurados da Interpol.
Além disso, Moraes enviou o pedido de extradição da deputada Carla Zambelli ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Com agências
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