Israel atacou o principal complexo nuclear, de mísseis e militar do Irã na manhã de sexta-feira, 13, em um ataque sem precedentes, que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que durará muitos dias. O exército israelense afirma ter usado 200 caças e matado três das figuras mais poderosas do Irã. Em retaliação, o Irã lançou mais de 100 drones em direção ao território israelense, disseram os militares israelenses.
Os ataques mataram Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, bem como outros militares de alto escalão e seis cientistas nucleares, informou Tasnim, empresa de comunicação estatal iraniana. A imprensa estatal também informou que civis, incluindo crianças, também estavam entre os mortos.
Netanyahu afirmou que a “Operação Leão Ascendente” (Operation Rising Lion) atingiu a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã em Natanz, cientistas nucleares e o que ele chamou de “o coração do programa de mísseis balísticos do Irã”.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear global, afirmou que instalações nucleares “jamais devem ser atacadas” e que tais ataques têm “sérias implicações para a segurança, proteção e salvaguardas nucleares, bem como para a paz e a segurança regionais e internacionais”.
Em comunicado aos membros do conselho, Rafael Grossi, diretor da Agência, apelou “a todas as partes para que exerçam a máxima contenção para evitar uma nova escalada”, afirmando que “qualquer ação militar que coloque em risco a segurança das instalações nucleares corre o risco de graves consequências para o povo do Irã, da região e de outras partes”.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou que Israel enfrentará “punição severa” pelos ataques e confirmou que vários comandantes e cientistas iranianos foram mortos. O porta-voz das Forças Armadas do Irã disse que tanto os Estados Unidos quanto Israel “pagariam caro”. Os Estados Unidos não estiveram envolvidos nos ataques, afirmou o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, observando que Israel havia “avisado” os EUA de que acreditava que a “ação era necessária para sua autodefesa”. Anteriormente, o presidente Donald Trump havia alertado sobre a possibilidade de um “conflito massivo” no Oriente Médio que poderia ocorrer “em breve”.
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