O Exército de Israel interceptou, neste domingo, 8, um barco com 12 ativistas a bordo, incluindo a ativista ambiental sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, que navegava em direção à Faixa de Gaza. A embarcação fazia parte do projeto internacional Freedom Flotilla Coalition, que visa entregar ajuda humanitária à população palestina e chamar a atenção para a crise humanitária no enclave. O grupo denunciou a interceptação em vídeos e textos publicados nas redes sociais.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou a ação como um “truque de publicidade” e chamou o barco de “iate de celebridades”. Segundo o governo israelense, a zona marítima de Gaza está sob bloqueio naval legal, conforme o direito internacional, e qualquer tentativa não autorizada de entrada é considerada ilegal e perigosa. A pasta afirmou ainda que a embarcação transportava uma quantidade simbólica de ajuda, “menos do que um único caminhão”.
Israel justificou a interdição alegando riscos de segurança, citando que o Hamas já teria explorado rotas marítimas para realizar ataques, inclusive o ataque de 7 de outubro de 2023. O governo ressaltou que a ajuda humanitária tem sido fornecida regularmente por canais autorizados, afirmando que mais de 1.200 caminhões entraram em Gaza nas últimas duas semanas, com distribuição de cerca de 11 milhões de refeições por meio de organizações locais.
O Freedom Flotilla Coalition, no entanto, defende que sua missão é pacífica e tem o objetivo de denunciar a situação humanitária em Gaza, especialmente após o agravamento da crise provocado pelo bloqueio temporário de ajuda imposto por Israel em maio. A coalizão afirma que o envio por via marítima é uma forma simbólica de romper o silêncio internacional e desafiar o bloqueio, considerado ilegal por diversas organizações de direitos humanos.
Thiago de Ávila e Silva Oliveira, 38 anos, além de ativista foi candidato a deputado federal nas eleições de 2022 pelo PSOL.
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