‘Não somos bandidos’ diz Hamilton Mourão em depoimento ao STF

Em depoimento como testemunha no processo sobre trama golpista ocorrida no governo Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 23, o ex-vice-presidente da República e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) negou qualquer envolvimento na suposta tentativa de golpe. Mourão afirmou no Supremo Tribunal Federal (STF) que nunca recebeu ordens para agir contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-vice-presidente foi questionado sobre a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que afirmou que Mourão teria sido monitorado por militares sobre a possibilidade de se encontrar com o ministro Alexandre de Moraes. “Se eu tivesse que me encontrar com vossa excelência, eu falaria com o presidente Bolsonaro: ‘vou conversar com o ministro Alexandre de Moraes’. Não temos nada a esconder, não somos dois bandidos”, declarou Hamilton Mourão.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Primeira Turma do STF, citou os nomes dos supostos responsáveis pela ideia de monitoramento (segundo Mauro Cid): Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, ambos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Mourão afirmou não ter conhecimento de qualquer vigilância sobre ele durante o governo.

“Não fiquei sabendo e nunca me preocupei com isso”, disse Mourão. “Até porque meus atos eram públicos, em agenda divulgada diariamente. Qualquer deslocamento que eu fizesse, eu fazia em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), com toda divulgação.”

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