O governador Ronaldo Caiado (UB) escolheu a cidade de Salvador, na Bahia, para oficializar sua pré-candidatura à Presidência da República. O evento aconteceu no início de abril deste ano e contou com a presença de milhares de pessoas, entre prefeitos, deputados, lideranças partidárias e apoiadores. Mas uma ausência não deixou de ser notada.
Antônio Rueda, justamente o presidente nacional do União Brasil, partido de Caiado, não compareceu. Quase dois meses depois, o advogado pernambucano quebrou o silêncio sobre a questão.
Em entrevista à revista Veja, Rueda explicou o porquê de não ter ido ao ato do lançamento de um dos maiores nomes (se não o maior) do União Brasil. E ao contrário do que muito se especulou, não tratou-se de nenhuma resistência da legenda quanto à pré-candidatura do governador de Goiás.
Na entrevista, o presidente nacional teceu elogios a Caiado e se referiu a ele como um “dos melhores” quadros do partido. No entanto, segundo ele, o UB “tem diversas tendências”. “Não cabe ao presidente apoiar a pré-candidatura de apenas uma delas. Se fizesse isso, iria desagradar e desagregar”, comentou, ao justificar a ausência no evento realizado no Centro de Convenções de Salvador.
No entanto, Rueda destacou que o apoio ao projeto de Caiado existe. “De forma muito madura, disse para Caiado que ele deveria se lançar porque tem legitimidade. Se conquistar o tamanho e a competitividade exigidos no processo eleitoral, ele pode ser o nosso candidato”, afirmou.
“Mas não posso adivinhar o que vai acontecer nos próximos meses”, concluiu.
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Em abril, mês em que Caiado confirmou sua pré-candidatura ao Planalto, Antônio Rueda e Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, finalmente deram desfecho às conversas e firmaram a federação entre os dois partidos. Mas o que antes era visto com ressalvas pelo governador de Goiás, agora deve ser seu propulsor para 2026.
Ficou definido entre os presidentes das duas legendas que a federação pode ter o Caiado como o provável candidato representando-a na corrida presidencial. A condição imposta foi: ele precisa se consolidar, romper as barreiras de seu estado e ficar conhecido no país.
Era justamente o que faltava a Caiado – um voto final de confiança sem o “fogo amigo” que tentou até mesmo fazê-lo adiar o lançamento de sua pré-candidatura ao Planalto (leia-se, uma ala do PP). Há tempos o chefe do Executivo estadual articula a viabilização de seu nome para a disputa presidencial. O evento em Salvador foi, inclusive, parte da estratégia para passar a mensagem: “Serei candidato e não abro mão”.
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