O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ameaçou prender o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo durante depoimento no inquérito da trama golpista. Rebelo depõe como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, no caso.
Durante o depoimento, Rebelo foi questionado se Garnier teria colocado tropas à disposição do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), se posicionando a favor da trama golpista. Aldo Rebelo afirmou, então, que era preciso considerar o que significa uma “força de expressão” na língua portuguesa.
“É preciso levar em conta que na língua portuguesa nós conhecemos aquilo que se usa muitas vezes que é a força da expressão. A força da expressão nunca pode ser tomada literalmente. Quando alguém diz que ‘estou frito’ não significa que está dentro de uma frigideira, quando diz que ‘está apertado’ não significa que está submetido a uma pressão literal. Quando alguém diz estou a disposição, a expressão não precisa ser lida literalmente”, respondeu Rebelo.
Moraes, então, rebateu o ex-ministro. “O senhor estava na reunião quando o almirante Garnier disse a expressão? Então o senhor não tem condição de avaliar a língua portuguesa naquele momento. Atenha-se aos fatos”.
Rebelo voltou a responder o ministro. “Em primeiro lugar a minha apreciação da língua portuguesa é minha e eu não admito censura”.
Ele foi, então, ameaçado de prisão por Moraes. “Se o senhor não se comportar, o senhor será preso por desacato”, disse o ministro.
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