Mundialmente famoso por documentar dramas e injustiças em preto e branco, o fotógrafo Sebastião Salgado morreu, hoje, aos 81 anos. A informação foi confirmada, há pouco, pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada por ele. Salgado tinha um distúrbio sanguíneo causado por malária, contraído na Indonésia. A causa da morte, contudo, não foi informada. Ele deixa esposa e dois filhos.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz trecho do texto publicado nas redes sociais.
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, e fez registros impressionantes, como o dos trabalhadores da Serra Pelada na década de 1980, e o ensaio “Êxodos” mostrando povos migrantes pelo mundo. Ao todo, percorreu mais de 120 países. Em 2022, viajou pela Amazônia e fotografou a beleza incomparável da floresta tropical, dos rios, das montanhas e das pessoas que ali vivem.
