Quem eram os pacientes que morreram por dengue e febre Oropouche no ES em 2025?

Mosquito da dengue: 11 mortes estão em investigação e a primeira pela doença foi confirmada pela Sesa

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Arquivo/AT

O Espírito Santo tem 17.809 casos confirmados de dengue e 61.050 notificações da doença, segundo dados do Painel de Monitoramento da Dengue, de terça-feira (20) à noite.São 11 mortes em investigação e a primeira morte pela doença, este ano, foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).O homem, de 69 anos, morreu em 19 de abril, no município de Anchieta. Segundo a Sesa, o homem, que tinha diabetes, havia viajado para o Rio de Janeiro e retornado para casa com sintomas, como febre, dor de cabeça, mialgia, dor retro-orbital e náusea.Por meio do exame de RT-PCR, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espirito Santo (Lacen-ES), foi confirmada a infecção do paciente por dengue sorotipo 2 (DENV-2). A divulgação do caso foi feita na terça-feira (20).Apesar da morte registrada neste ano, o Estado apresenta um número inferior de óbitos e casos confirmados, em relação ao mesmo período do ano passado, em que haviam 83.827 casos confirmados, com 25 mortes confirmadas.“Em todo ano passado, tivemos 43 óbitos, e este ano confirmamos agora o primeiro. Claro que é uma morte, mas em proporção de quantidade, estamos em número inferior”, destacou o subsecretário de Estado da Saúde, Orlei Cardoso.O subsecretário explicou que, apesar de a investigação apontar que a infecção do paciente de Anchieta possa ter ocorrido no Rio de Janeiro, o encerramento do óbito acontece no local de residência do paciente. “Precisamos manter a vigilância. Estamos notificando 900 casos por semana, sendo que chegamos a ter 6 mil casos em uma semana. Apesar de a temperatura estar mais amena, não podemos relaxar”, orientou.AlertaO infectologista Luis Henrique Barbosa Borges, da Rede Meridional, destaca que o principal alerta da dengue é o desmaio ou síncope, sensação de desmaio constante.“Quando avaliamos esse paciente, ele está com pressão baixa. A queda de pressão arterial é um sinal de alerta também”.Dor abdominal constante, vômito persistente e sangramentos também são sinais de que a pessoa possa estar tendo um “choque” pela dengue, segundo o médico.“Isso acontece por volta do terceiro a quinto dia da doença. E as pessoas confundem achando que gravidade é por causa de febre, mas a febre não é um sinal de alerta”.Oropouche mata paciente de 52 anos em ColatinaUm homem de 52 anos de Colatina morreu após ser infectado pelo vírus que provoca a febre do Oropouche. Ele tinha histórico de hipertensão e cardiopatia.O Espírito Santo tem 11.963 casos confirmados da doença, de acordo com o último boletim divulgado no dia 16 de maio.A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, na última segunda-feira, a morte como sendo a primeira pela doença no Espírito Santo neste ano, e a segunda desde o início dos casos no Estado, em 2024. A morte ocorreu em 16 de janeiro deste ano, e a confirmação do vírus foi feita por meio do exame de RT-PCR.O subsecretário de Estado da Saúde, Orlei Cardoso, explicou que a demora em confirmar a causa da morte por Oropouche acontece porque a confirmação primeiro é feita no Lacen-ES e depois segue para avaliação no Instituto Evandro Chagas, no Pará. Mais duas mortes estão em investigação.Os primeiros casos de Oropouche no Estado foram detectados em abril de 2024, e o primeiro óbito pela doença confirmada em 10 de dezembro daquele ano.A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim).Segundo o infectologista Luis Henrique Barbosa Borges, a febre do Oropouche não costuma ser uma doença grave e não são bem definidos sinais de alerta.“Claro que um indivíduo que já tem uma inflamação, uma doença inflamatória, pode fazer uma cascata de somatória mais grave, indo para um quadro que chamamos de sepse, por perda de líquido do sangue para os tecidos”, explicou.Opiniões

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