Reportagem de Leandro Silveira, do “Estadão”, relata que a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul informou que “um trabalhador” de uma granja “em Montenegro apresentou sintomas gripais após ter tido contato com aves infectadas”. As amostras vão ser examinadas e o homem está em isolamento familiar. O resultado do exame deve ser divulgado até sexta-feira, 23, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro.
Em Montenegro foi detectada a gripe aviária. Que levou vários países — como a China — a suspenderem a importação de carne de frango do Brasil.
O governo de Eduardo Leite sustenta que está intensificando “o monitoramento de pessoas após a confirmação de casos de influenza aviária em animais na região. A medida foi adotada após a detecção da doença em aves de uma granja em Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul”, sublinha o “Estadão”.
A informação divulgada pelo governo do Rio Grande do Sul deve assustar as pessoas. De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, não. Porque “o risco de infecção por influenza aviária em humanos é” apontado como baixo.
Segundo especialistas, a transmissão pode ocorrer, em geral, por meio de contato direto e frequente com frangos que estiveram doentes. Os animais podem estar vivos ou mortos, Porém, enfatizam, a pessoa não vai ficar doente devido a ingestão de alimentos — se estiverem bem cozidos.
Já a transmissão entre pessoas é muito rara.
De acordo com a reportagem do “Estadão”, os protocolos indicam que “indivíduos que tenham tido contato com animais infectados” devem ser monitorados por dez dias.
“Para que um caso humano seja oficialmente considerado suspeito, é necessário haver sintomas clínicos combinados com evidência epidemiológica, como exposição a aves ou restos mortais contaminados”, pontua o jornal.
A Organização Mundial da Saúde informa que há o registro de 72 casos de grupe aviária entre humanas nas Américas — entre janeiro de 2024 e maio de 2025. Há ocorrências nos Estados Unidos, Canadá e México.
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