Maioria das CPIs não atua para os interesses da sociedade, avalia ministro

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog

A eventual abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes no INSS preocupa a base do governo Lula (PT) às vésperas do ano eleitoral. Para o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, embora a investigação interesse à sociedade, o instrumento pode virar um palanque político, e “pegar mal” para a visão dos eleitores.

“Já fui governador por quatro mandatos, acompanhei muitas CPIs. Sempre é um palanque político para fazer narrativas, discursos. Lógico que deveria ter desdobramentos em prol dos interesses da sociedade, mas na grande maioria das vezes isso não acontece. Não consigo determinar se teremos CPMI, como serão os desdobramentos. Provavelmente vá pegar toda a história do INSS, mas se a população perceber que o debate é para satisfazer apenas as opiniões políticas, isso pegará mal (para a oposição)”, disse Góes, em entrevista o podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.

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Embora não queira cravar se a CPMI possa ser de fato instalada, o ministro avalia que seria como uma “antecipação” do debate eleitoral de 2026. Ele lembrou que alguns parlamentares da base assinaram o requerimento, porque a investigação abrangeria o período de antes do governo Lula, quando começaram as denúncias, em 2016.

“A sociedade quer uma resposta, claro. Mas já tivemos outros momentos a nível nacional. O certo é que todas as questões precisam ser esclarecidas, os direitos reparados e os destinos da política pública do INSS corrigidos, seja com ou sem CPMI”, avaliou.

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