Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais, entre os objetivos dos presídios federais, criados a partir de 2006, é combater o crime organizado, isolando suas lideranças e presos de alta periculosidade.Distribuídas em diferentes regiões do país, as penitenciárias federais estão: Catanduvas (PR)Campo Grande (MS)Porto Velho (RO)Mossoró (RN) Brasília (DF)A distribuição faz parte da estratégia de desarticular e dificultar possíveis comunicações entre organizações criminosas.Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital(PCC) e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, uma das lideranças do Comando Vermelho(CV), também estão presos nessas unidades.
Celas sem tomadas elétricas Os detentos ficam presos em celas de 6m², sem companhia e com apenas cama, sanitário, pia, chuveiro mesa e assento no ambiente. Visitas, sejam de familiares, amigos ou advogados, são permitidas apenas por parlatório ou videoconferência.Não há, de acordo com a pasta federal, tomadas elétricas e a energia do chuveiro e das lâmpadas são ativadas e desativadas em horários determinados.Leia tambémPor que a Amazônia virou alvo da disputa entre PCC, Comando Vermelho e mais 20 facçõesAs restrições fazem parte de uma série de medidas que integram um rigoroso sistema de segurança, que foi ampliado após a fuga inédita de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró. De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, os presídios federais padronizam os protocolos de segurança nas unidades, ou seja, todas seguem os mesmos critérios de fiscalização diária. Entre os principais pontos estão:Preso ser revistado todas as vezes que deixa seu dormitório;A cela é revistada todas as vezes em que ele se retira;O preso permanece algemado quando está em deslocamento pelo estabelecimento;O preso não tem acesso a meios de comunicação externos;Os procedimentos bem como os deslocamentos com o preso são realizados por, pelo menos, dois agentes;Os procedimentos e toda a rotina da cadeia são monitorados por circuito interno de câmeras;Agentes de inteligência da penitenciária federal monitoram o circuito de câmeras por meio de uma espécie de “Big Brother”. As imagens capturadas são transmitidas ao vivo para a sede da Senappen em Brasília, onde outra equipe de inteligência também acompanha a rotina das cinco penitenciárias.Estão incluídos na rotina do preso ainda seis refeições e duas horas de banho de sol por dia. Atividades educacionais e atendimentos médicos também estão previstos conforme as necessidades de cada detento.Os agentes levam armamento letal e menos letal; body scan, raio-x e detector de metais para revista pessoal e material; sistemas de vigilância por áudio e vídeo; equipamentos de segurança e de inteligência; além de estrutura física reforçada contra tentativas de invasão e fuga.